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Falta de informações de produtos de higiene e beleza afeta performance dos e-commerces no Brasil

A ausência de avaliações e comentários são os fatores que mais interferem negativamente na experiência de compra dos consumidores neste segmento

O estudo E-commerce Quality Index, o EQI de 2021, criado pela Lett, startup de trade marketing digital, avaliou as informações de mais de 754 mil páginas de produtos, 39 e-commerces e 650 marcas do segmento de saúde, higiene e beleza no Brasil.

A saber, o EQI é o único índice que mede, segundo a perspectiva do consumidor final, a qualidade do conteúdo dos principais e-commerces do país.

Em 2021, em uma escala de 0 a 100 pontos, o segmento de saúde, higiene e beleza atingiu nota 46. A pontuação é inferior ao índice de 60, recomendado pelo estudo para uma boa experiência de compra online.

Dentre as informações analisadas pela pesquisa estão:

A quantidade de imagens na página de produto, o título e categorização do item no e-commerce, a descrição da mercadoria e as avaliações e comentários dos consumidores.

No segmento de saúde, higiene e beleza, por exemplo, os piores indicadores são descrição dos produtos e avaliações e comentários dos consumidores.

Dessa maneira, dos mais de 700 mil itens analisados pelo estudo, cerca de 90% não possuem nenhuma avaliação dos e-shoppers.

No entanto, em comparação ao ano de 2020, o segmento apresentou uma melhora significativa em relação a quantidade das informações nas páginas de produtos.

No índice do ano passado, as categorias de Saúde, Higiene e Beleza somaram 39 pontos, neste ano, 46.

Portanto, a nota do EQI de 2021 foi superior em 18%.

Avaliações

Os critérios avaliados pelo EQI que mais evoluíram entre 2020 e 2021 são a quantidade de imagens nas páginas de produtos, que teve aumento de mais de 30%, seguido das avaliações e comentários que, apesar de ainda estarem abaixo do esperado, cresceram mais de 150%.

Entretanto, mesmo o e-commerce brasileiro tendo uma evolução evidente, ainda há muito o que melhorar.

De acordo com os dados do EQI 2021, 95% das marcas e 87% dos e-commerces brasileiros não oferecem uma boa experiência de compra em relação à qualidade das informações nas páginas de produtos.

Categorias analisadas

A pesquisa dividiu os produtos em oito categorias, sendo: Cuidados com a Pele, Coloração Capilar, Maquiagem, Capilar, Higiene Pessoal, Saúde, Esmaltes e Perfumes.

Das categorias analisadas, as melhores foram Cuidados com a Pele e Higiene Pessoal, que obtiveram as notas de 54 e 48, respectivamente.

Já Esmaltes e Perfumes foram as categorias  com piores resultados, ficando com 40 e 39 pontos respectivamente.

Canais de vendas

Em relação aos melhores canais de venda, ‘Drogaria’ teve o melhor desempenho, proporcionando, então, uma melhor experiência de compra ao e-shopper.

Em contrapartida, os ‘Supermercados’ tiveram o pior resultado.

Dentre as marcas globais de saúde analisadas, as primeiras colocadas foram Alivium, Calcitotal e Dermacyd.

Já as primeiras posições do segmento de higiene e beleza foram L’Oréal Professionnel, Majirel e também Aveeno.

Em relação aos sites de melhor desempenho, ficaram com as melhores posições, os e-commerces da Época Cosméticos, Droga Raia e Amazon.

A saber, o EQI 2021 conta com a parceria das empresas: Neotrust, Opinion Box, Social Miner, Olist, Hi Platform, POPAI, Chiligum, D1, Escola de E-commerce e Nação Digital.

Vendas de HPPC crescem 4,7% em 2020 e totalizam R$ 122,4 bilhões 

Fonte: Comestic Innovation

Foto: Shutterstock

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