Farmácias gaúchas podem comercializar chinelos, brinquedos e alimentos

Ação movida pelo Sinprofar põe fim à polêmica de mais de uma década que impedia as farmácias gaúchas de ir além da venda de medicamentos, cosméticos e afins

Os consumidores gaúchos começarão, em breve, e encontrar nas farmácias do estado produtos que até pouco tempo não estavam habituados. O que já era comum em outros estados do Brasil, agora passará a ser permitido também no Rio Grande do Sul. Assim, com a vitória da ação movida pelo Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul (Sinprofar/RS) na Justiça Federal da 1ª Região (DF), o setor farmacêutico encerra uma polêmica que há anos restringia as possibilidades de crescimento especialmente de redes e farmácias de menor porte.

Anteriormente, limitadas a vender somente medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e afins, as farmácias gaúchas poderão comercializar uma vasta gama de mercadorias. Entre elas: chinelos de dedo, itens como sorvete, pilhas, brinquedos e até alimentos, se assim desejarem. A medida era alvo de ações da Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa). Com a decisão da Justiça Federal da 1ª Região, as farmácias gaúchas ganharão modernidade, competitividade e poderão ser ponto de conveniência aos consumidores. Assim, mais de duas mil farmácias no estado serão beneficiadas.

Vantagens para as empresas

Para as empresas uma das vantagens é poder ter nas prateleiras e balcões novas opções para incrementar o faturamento. Além disso, podem atender o consumidor em pequenas necessidades corriqueiras e de conveniência, explica o assessor jurídico do sindicato, Sandro Bentz de Oliveira. No caso de pequenas e médias empresas, haverá um ganho extra. Como grandes redes do setor já asseguravam esse direito por meio de liminares própria, varejistas de menor porte acabavam alijados dessa possibilidade, destaca Oliveira.

“Muitos temiam ser multados, e realmente eram, até por vender barra de cereal ou caixinhas de chá. Não creio que no estado vá se tornar comum até a venda de arroz, por exemplo, como ocorre há em outros, mas o consumidor em breve perceberá essa diversificação e vai usufruir da facilidade de ter produtos de conveniência também na farmácia”, acrescenta o advogado.

Foto: Shutterstock
Fonte: Diário de Canoas

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