Farmácias pedem para auxiliar na vacinação

Ao menos 4.573 unidades com salas de imunização e 6.860 farmacêuticos em todo o país já foram colocados à disposição da pasta pela Abrafarma para a realização do serviço

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) e a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) têm procurado o Ministério da Saúde (MS) para que farmácias públicas e privadas se tornem pontos de vacinação contra a Covid-19.

No Brasil, há cerca de 90 mil farmácias registradas.

Ao menos 4.573 unidades com salas de imunização e 6.860 farmacêuticos em todo o país já foram colocados à disposição da pasta pela Abrafarma para a realização do serviço em todo o país.

Auxílio das farmácias

A saber, dados da Federação Internacional Farmacêutica (FIP), mostram que as farmácias nos EUA, no Reino Unido e na Irlanda já estão auxiliando as autoridades na vacinação contra a Covid-19.

 O Brasil possui atualmente, de acordo com o MS, 38 mil salas de vacinas.

E podeo, assim, chegar a 50 mil postos em períodos de campanhas e 52 Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais.

O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, disse que o número de farmácias que disponibilizariam o serviço poderia ser ainda maior.

“As vantagens para a prestação desse serviço em farmácias seriam a maior facilidade de acesso da população, com horários mais variados e estendidos, e a maior proximidade da residência dos pacientes”, disse.

Ele acrescentou que desde março do ano passado o CFF tem se reunido com membros do MS para falar sobre o interesse da ampliação da capacidade da rede de vacinação com a ajuda das farmácias.

No entanto, o governo federal ainda não deu nenhuma sinalização sobre o assunto.

Para facilitar a logística, sugeriu, assim, que as vacinas sejam disponibilizadas pelo Governo Federal e entregues nos Centros de Distribuição das redes associadas.

A partir daí, então, as empresas providenciam a distribuição para as 4.573 localidades.

Sistema a ser utilizado

Nas redes associadas à Abrafarma, seria utilizado um sistema de agendamento eletrônico com a finalidade de evitar filas, minimizando riscos na operação.

“Com esse quantitativo de salas conseguiríamos imunizar 365.840 pessoas por dia no país. Estamos tentando ajudar até para ter mais adesão, muitas pessoas têm medo de enfrentar o serviço comum”, disse.

O presidente do CFF acrescenta que em 2020, por meio dos termos de cooperação público-privado, farmácias e drogarias conseguiram apoiar a saúde pública na campanha nacional contra a Influenza, durante o enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Um serviço a mais

Tanto o CFF quanto a Abrafarma afirmam que não há nenhum pedido de contrapartida ao governo federal. As farmácias também têm a ganhar com a maior visibilidade dos produtos que vende, além de deixar claro à população que realizam o serviço de vacinação.

Apesar de a Lei 5.991 permitir a aplicação de medicamentos injetáveis por farmacêuticos desde 1973, somente em 2014, com a Lei 13.021, foi autorizada a aplicação de vacinas e soros em farmácias.

A Anvisa regulamentou a lei em dezembro de 2017.

Antes, isso só poderia ser feito por médicos e em clínicas.

 

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Fonte: Folha de São Paulo

Foto: Shutterstock

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