Futuro do canal farma foi discutido em evento do GVcev

Moderação de um dos painéis foi da editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto

O GVcev promoveu ontem (04/10), em São Paulo, o seminário ‘Canal Farma: Onde Estamos e Para Onde Vamos?’. Foram discutidos o papel do farmacêutico no âmbito de saúde, os principais números do segemento de farmácias, a importância dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) no autocuidado, entre outros temas de grande relevância para o setor.

O debatePaciente 360º: o papel da tecnologia foi pela editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto. A discussão contou com a presença de profissionais do setor e empreendedores que buscam melhorar a saúde da população por meio de tecnologia.

Um dos assuntos mais atuais do mercado é o de rastreabilidade de medicamentos. O CEO e fundador da Rastreabilidade Brasil (R&B), Amilcar Lopes, apresentou o aplicativo desenvolvido para o consumidor final. Segundo ele, a identificação de cada medicamento poderia ser acessada por qualquer pessoa que queira consultar a origem do produto, bula, posologia e outras informações.

Para ele, apesar do varejo ainda estar um pouco longe dessa realidade, os profissionais da farmácia terão que ter treinamentos para entender a rastreabilidade e usá-la para saber se o medicamento é verdadeiro e de confiança.

Na mesma onda dos aplicativos, o CEO e cofundador da Clinicarx, Cassyano Correr, explica que as farmácias ainda são consideradas “ilhas” dentro do universo de saúde. Porém, começa-se a perceber que a farmácia pode oferecer muito mais do que já oferecem no ponto de venda (PDV).

“O Clinicarx nasce como um passo natural de desenvolver algo que tenha a ver com a farmácia. O software aumenta a eficiência do farmacêutico. Muito mais do que coletar os dados do paciente, é possível transformar dados em informações que possam ajudar no poder da tomada de decisões”, revela ele.

Se a coleta e o entendimento de dados é uma das inovações para melhorar a saúde nas farmácias, a gigante da tecnologia IBM não poderia ficar para trás. O computador de inteligência artificial da empresa, Watson, funciona – de maneira básica – a partir de um sistema cognitivo que consegue administrar milhões de informações em altíssima velocidade.

Segundo o responsável pela área de saúde do Watson no Brasil, Claudio Santos, a área interessa à IBM pois há alto grau de inovação em novos medicamentos, mas a parte de integração do setor como um todo ainda é bastante baixa. “O foco está em oferecer informações sobre pacientes o suficiente para que eles possam passar a tratar a saúde como prevenção e não somente após estarem doentes.”

O monitoramento para que as doenças sejam prevenidas foi um dos pontos mais frisados a todo momento. Não à toa, duas diferentes empresas marcaram presença para falar sobre o assunto: Carenet e a 3GEN. Um dos destaques é o uso de wearables (tecnologia vestível) para o monitoramento total.

O CEO e fundador da Carenet, Immo Oliver Paul, afirma que uma das grandes apostas da saúde digital é ter dispositivos que monitoram o paciente, para que ele e seus profissionais de saúde sempre saibam como está sua saúde.

Complementando a informação, o sócio-diretor da 3GEN, Luiz Sedrani, frisa que ao ter mais informações, todo o ciclo de um paciente é ajudado – desde o momento que ele está saudável até quando necessita de ajuda. Dessa maneira, todo o setor economiza e o profissional da farmácia torna-se crucial na ajuda da prevenção de doenças.

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