Gastos com saúde sobem mais para idosos

Para essas pessoas, a inflação da saúde alcançou 9,13% nos 12 meses encerrados em junho

Os gastos que os idosos têm para preservar a sua saúde se intensificaram na pandemia.
Cuidar saúde ficou mais cara para as pessoas com mais de 60 anos de idade que vivem na cidade de São Paulo do que para os demais paulistanos.
Para essas pessoas, a inflação da saúde alcançou 9,13% nos 12 meses encerrados em junho.
É o que mostra uma nova composição do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), que procura avaliar a inflação para a população dessa faixa etária.
O IPC tradicional, calculado para todas as faixas de idade e englobando todos os itens de despesas das famílias paulistanas, acumulou alta de 8,95% no período.
Já o índice oficial de inflação do País, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou há pouco, subiu 8,35% nos 12 meses até junho.

Principais gastos dos idosos

O novo índice da Fipe é, então, calculado com base nas despesas das famílias que vivem na capital paulista, têm renda familiar entre um e dez salários mínimos (de R$ 1,1 mil a R$ 11 mil).
E também contam com pelo menos um membro com mais de 60 anos.
Considerando se todas as despesas de uma família com essas características:
Saúde, alimentação, transportes, gastos pessoais, vestuário e educação –, o IPC teve alta de 8,69% nos 12 meses até junho, menor, portanto, do que a inflação média da população.
Até junho de 2020, a alta tinha, portanto, sido de 3,10%.
O primeiro semestre de 2021 concentrou a alta de diversos preços da área da saúde.
Como por exemplo, reajustes dos planos de saúde suspensos em setembro do ano passado foram aplicados no início de 2021. Nesse período, também os remédios subiram.
Essas despesas representam, no novo índice da Fipe, 16,29% dos gastos das famílias com um integrante com mais de 60 anos.
Enquanto no índice geral (para toda a população) o peso da saúde é de 6,09%, daí o impacto maior sobre os gastos do grupo que inclui algum idoso.
As pressões dos custos de saúde devem diminuir nos próximos meses, mas surgirão outras sobre os orçamentos das famílias com idoso.
Para elas, o custo da habitação tem peso maior do que para outras famílias.
E, com a alta prevista da energia elétrica e do gás de botijão, itens do custo da habitação, a vida ficará, portanto, mais cara para esse grupo do que para os demais.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Foto: Shutterstock

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