Gilead Sciences adquire a empresa de biotecnologia Immunomedics

A compra é interessante para que a Gilead drible a queda das vendas de seus medicamentos contra a hepatite C e a HIV

A companhia farmacêutica americana Gilead Sciences, fabricante do remédio Remdesivir, potencial na luta contra o novo coronavírus, adquiriu a empresa de biotecnologia Immunomedics Inc. por mais de 20 bilhões de dólares, segundo o jornal americano The Wall Street Journal.

A Immunomedics é a principal fabricante de remédios contra o câncer de mama, o Trodelvy .

Portanto, forte o suficiente para fazer com que outras farmacêuticas quisessem adquiri-la a fim de apostar cada vez mais em terapias oncológicas.

A saber, a  Immunomedics tem um valor de mercado de cerca de 10 bilhões de dólares e o acordo deve ser anunciado ainda nesta segunda-feira, 14 de setembro.

Novos objetivos

Também segundo o WSJ, a compra pode ser interessante para a Gilead driblar a queda das vendas de seus medicamentos contra a hepatite C e a HIV.

O Trodelvy, por sua vez, foi aprovado em abril deste ano nos Estados Unidos como forma de tratamento para a doença quando ela já se espalhou pelo corpo todo.

Números da Gilead

A Gilead faturou, em 2019,  22,5 bilhões de dólares e teve lucro de 5,4 bilhões de dólares.

A empresa vale, portanto, 103,8 bilhões de dólares na Nasdaq, uma das bolsas de Nova York.

Só neste ano, com o otimismo dos investidores pelos testes bem-sucedidos do Remdesivir, as ações da Gilead subiram 26%.

O papel foi da casa dos 65 dólares no começo do ano para 82,21 dólares.

Importância o mercado

Ademais, mesmo antes do Remdesivir, a farmacêutica já vinha, contudo, em uma década de valorização.

Desde o começo dos anos 2010, a ação da companhia valorizou, inegavelmente, mais de 280%.

O índice S&P 500, no mesmo período, subiu, portanto, 132%.

A saber, o tratamento de câncer de mama é um dos mais lucrativos no mercado de medicações contra câncer, e, portanto, deve faturar cerca de 157 bilhões de dólares em 2020, segundo a consultoria EvaluatePharma.

Foto: Shutterstock

Fonte: Exame

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