Healthtechs brasileiras duplicam em 5 anos e movimentam o mercado de tecnologias voltadas à saúde

Setor de startups ligadas à saúde ganhou espaço rapidamente com a pandemia e tem boas perspectivas para 2021 como, por exemplo, podem se tornar uma alternativa para quem não tem plano de saúde

Os avanços tecnológicos vêm mudando a forma como as pessoas se relacionam, trabalham, estudam, divertem-se e cuidam da saúde.

De acordo com um relatório intitulado Distrito Healthtech Report Brasil 2020, da empresa de inovação aberta Distrito, o número de startups ligadas à saúde duplicou nos últimos cinco anos, saltando de 265 em 2015, para 542 em 2020.

Conhecidas como healthtechs (health, do inglês saúde, e tech, uma alusão à tecnologia), essas empresas vêm chamando a atenção pelo crescimento nos investimentos nesse período.

Assim, de 2014 até o início do ano passado, foram injetados cerca de US$ 430 milhões em 189 startups de saúde no mundo todo.

Já a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) revelou, também, que o segmento da saúde é o terceiro maior em número de operações no país, atrás somente das áreas da educação e de finanças.

Mais do que isso, o Brasil é considerado, hoje, o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo no mundo todo.

Somente aqui, movimentam-se por volta de US$ 42 bilhões ao ano com cuidados à saúde privada.

As razões desse “boom”

Para especialistas, o crescimento das healthtechs está diretamente ligado ao movimento natural de expansão do mercado de startups.

Bem como às necessidades de introduzir e adaptar a tecnologia aos cuidados com a saúde.

Da digitalização de processos analógicos – como gestão e armazenamento de dados de prontuários e convênios médicos – ao atendimento virtual, as empresas vêm revolucionando o segmento.

A saber, durante a pandemia de Covid-19, o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) regularizou as teleconsultas no Brasil, a fim de evitar lotações nos hospitais e postos de saúde em todo o país.

Além disso, esse tipo de serviço tem sido visto com bons olhos no que tange à integração de informações, acompanhamento médico e redução de custos.

Isso tudo é possível a partir da Inteligência Artificial e também da criação de um sistema de dados competente.

Tendências e expectativas para Healthtechs em relação ás tecnologias para a área da saúde

Se até o início da pandemia a telemedicina sofria com a resistência de boa parte das pessoas, as mudanças provocadas pela Covid-19 no Brasil trazem, assim, boas perspectivas para as healthtechs a partir de agora.

Quebrando, então, as barreiras do preconceito em um setor tradicionalmente movido pelo conservadorismo.

Então, essa é a chance de as startups apostarem ainda mais nesse mercado.

De acordo com o levantamento, há seis tendências que devem direcionar as empresas do setor a partir desse ano:

  • Uso da nuvem para armazenamento e compartilhamento de informações.
  • Ciência de dados e análise preditiva.
  • Introdução de robótica avançada.
  • Realidade aumentada e virtual.
  • Utilização de drones.
  • Mudança nos modelos de negócio, apostando na experiência do cliente.

Opção mais barata e de qualidade

Em meio à crise econômica atual, os serviços de uma healthtech podem se tornar uma alternativa para quem não tem plano de saúde.

Devido, então, aos custos mais baixos, segurança e facilidade oferecidos por boa parte das empresas do ramo.

Além de todos os recursos de atendimento online, como consultas virtuais, agendamento de exames e orientação médica de qualidade durante 24 horas, algumas healthtechs disponibilizam, ainda, descontos em farmácias.

Fonte: Dino divulgador de notícia

Foto: Shutterstock

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