Hilab anuncia novo teste da Covid-19

Equivalente ao RT-PCR, o exame da Hilab fará o diagnóstico da Covid-19 a partir da saliva do paciente em 40 minutos

A Hilab vai lançar um teste molecular para Covid-19. Equivalente ao RT-PCR, o exame fará o diagnóstico a partir da saliva do paciente em 40 minutos e deverá chegar ao mercado até o fim do ano por menos de R$ 200,00 prevê o CEO e fundador Marcus Figueredo.

Desde março, a Hilab já testou 2 milhões de brasileiros para a Covid-19 por meio de exames sorológicos rápidos que chegaram às farmácias por R$130,00 (desde então, o preço foi reduzido para menos de R$ 100, de acordo com a companhia).

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o teste serviu de vitrine para a start-up e acabou levando a um rebranding: a start-up, que se chamava Hi Technologies, porém, assumirá agora o nome do seu principal serviço, chamando-se Hilab.

O próximo passo da companhia é fazer uma quarta rodada de investimentos e ampliar a atuação para o exterior. 

Equipamento portátil da Hilab realiza o teste da Covid-19

Diferentemente dos laboratórios tradicionais, o modelo da Hilab é baseado em um equipamento portátil no qual poucas gotas de sangue (ou amostras da saliva, no caso do teste molecular) do paciente são introduzidas.

O material coletado entra em contatos com reagentes dentro do aparelho, que digitaliza o comportamento da amostra e envia essas informações para a nuvem.

Na sede da start-up, cientistas analisam os dados para chegar a um resultado.

O processo é totalmente “verticalizado”: a Hilab produz tanto os reagentes como os equipamentos e presta o serviço de análise laboratorial.

“Desenvolvemos uma nova versão do equipamento, ainda mais compacto, para processar os testes moleculares. Ainda não temos uma resposta exata sobre o preço, mas queremos lançá-lo já abaixo de R$ 200. No mercado tradicional, o PCR está saindo na faixa de R$ 250,00. Nossa ideia é democratizar a biologia molecular” diz o CEO, engenheiro de computação pela PUC do Paraná que fez estudou a aplicação de inteligência artificial à saúde no mestrado e no doutorado.

Questionada sobre as autorizações regulatórias para o novo teste, a companhia disse, em nota, que “o nosso exame é uma metodologia própria (in house), desenvolvida e validada pelo nosso corpo técnico, e totalmente aderente à RDC 302/2005.”

O primeiro exame da Hilab foi o de gravidez, em 2017.

Deste então, a empresa ampliou o rol com testes para doenças transmissíveis (HIV e hepatite, por exemplo) e crônicas.

Exame disponível

De acordo com a empresa, os exames já são oferecidos em mais de 500 municípios em mais de 1 mil farmácias — em redes como Pague Menos, Panvel, Nissei, Drogaria Araújo e Promofarma — e mesmo em pequenos laboratórios parceiros.

A empresa tem 215 funcionários e deve fechar o ano com faturamento próximo a R$ 200 milhões, prevê Marcus Figueredo.

Desde 2016, a companhia já levantou cerca de US$ 16 milhões em capital junto a fundos como Positivo Tecnologia, Monashees e Qualcomm Ventures.

O último cheque, de US$ 10 milhões em uma rodada do tamanho Series B, entrou no início do ano, de acordo com Figueredo, trazendo dois novos sócios: Península (de Abílio Diniz) e Endeavor Catalyst.

A ideia era buscar um aporte Series C apenas no fim de 2021, mas os negócios deram um salto com a chegada da Covid-19, antecipando os planos.

Já estamos conversando com os fundos para fazer uma rodada substancialmente maior com o objetivo de promover consolidação de mercado e virar um laboratório maior. É difícil cravar um valor, mas provavelmente vamos buscar valores maiores que R$ 100 milhões. As health techs estão bastante em voga, e nós somos umas das mais maduras do mercado local” diz Figueredo.

Fonte: Globo Online

Foto: Shutterstock

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