IDOR e Entourage Phytolab fazem estudos com Cannabis medicinal

Os estudos têm enfoque na ciência básica e buscam as possibilidades anti-inflamatórias dos medicamentos a base de cannabis no tecido nervoso

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e a Entourage Phytolab, atuante no desenvolvimento de medicamentos à base de cannabis no Brasil, firmaram uma parceria científica para o estudo da ação dos diferentes compostos canabinóides nas células nervosas humanas.

O objetivo é desenvolver estudos que permitam explorar futuramente diferentes possibilidades de tratamentos para epilepsia e para doenças como Alzheimer, Parkinson, dores de origem neuropática, entre outras.

A comunidade científica mundial está vendo na Cannabis grandes promessas de tratamento para algumas doenças graves da atualidade.  

No entanto, antes do desenvolvimento de qualquer produto, é necessário investir em pesquisa básica para saber até onde essas esperanças estão fundamentadas, e obter mais pistas sobre qual combinação de substâncias seria mais efetiva nestas doenças.  

Mesmo antes da parceria, o neurocientista do IDOR e professor da UFRJ, Stevens Rehen,  e sua equipe já se dedicavam ao desenvolvimento de estudos com Cannabis.

Em um deles, os pesquisadores testaram de maneira não-invasiva o efeito dos canabinóides em células neurais de pacientes com síndrome de Dravet, doença rara e resistente aos tratamentos convencionais, que muitas vezes leva seus portadores a uma morte precoce ainda na infância. Os primeiros resultados desta pesquisa, ainda em andamento, são promissores.

A tecnologia por trás da parceria IDOR-Entourage para os estudos com Cannabis

O procedimento não-invasivo, que é utilizado neste e em outros estudos do IDOR, se baseia em recolher, a partir da urina de pacientes, células epiteliais que serão posteriormente induzidas a se tornar células-tronco pluripotentes. A partir deste ponto, elas podem ser transformadas em células de qualquer tecido humano.

No caso dos estudos envolvendo a neurologia, elas são manipuladas até formarem tecidos ou organoides cerebrais, pequenas estruturas análogas ao cérebro humano no início de seu desenvolvimento.

Essas estruturas possuem a mesma genética de seus pacientes doadores, o que permite observar em laboratório as interações positivas ou negativas dessas células com variadas substâncias.

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Fonte: Entourage Phytolab

Foto: Shutterstock

 

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