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Inovação em farmácias: como o pequeno varejista pode se beneficiar?

Um dos melhores caminhos para o varejista é apostar na inovação, mas é exatamente neste ponto que pequenas farmácias ainda erram ao achar que não podem inovar em seus negócios por não serem grandes redes

As farmácias são o principal canal de comercialização de remédios para a população brasileira. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF), no Brasil existem mais de 89 mil drogarias e, nos próximos anos, o país deve vivenciar o crescimento intenso no mercado de consumo de medicamentos, acompanhando o cenário mundial. Com este boom de novos negócios, destacar-se pode ser uma tarefa difícil, principalmente quando 65% dos estabelecimentos se enquadram como pequenas ou médias empresas.

Um dos melhores caminhos para o varejista é apostar na inovação, mas é exatamente neste ponto que muitos dos pequenos varejistas ainda erram ao achar que não podem inovar em seus negócios por não serem grandes redes. Antes de mais nada, se pensarmos no conceito de inovação – que é bem amplo, por sinal –, podemos partir da premissa de explorar com sucesso uma nova ideia, transformando em um produto, negócio ou serviço. No entanto, pensar desta forma pode lançar o varejista automaticamente no erro de achar que para inovar ele precisa inventar, quando, na verdade, o caminho não precisa ser este necessariamente.

Inovação nas farmácias

Imagine que, no geral, uma farmácia vende produtos que são facilmente encontrados em outras farmácias. Para conquistar o cliente, portanto, o varejista precisa ser criativo na hora de pensar as estratégias de venda – e é aí que a inovação aparece. De acordo com a Febrafar, entre as alternativas encontradas pelo pequeno varejista para ganhar na competitividade, destacam-se: uma política de melhoria nos preços, que pode ser feita através de Programas de Benefício em Medicamentos (PBM’s); otimização na qualidade do atendimento, que pode ser facilmente realizado através de treinamentos para equipe; promoção de serviços adicionais; diversificação do mix de produtos, que é indispensável para aumentar as vendas; e, por fim, utilização de eficientes ferramentas estratégicas, que nada mais é do que usar a tecnologia a seu favor.

A digitalização das coisas tem feito o fluxo de dados aumentar exponencialmente. Para fins de comparação, o IDC estima que 75% da população mundial terá interação com dados online diariamente até 2025, com reflexos claros em todos os setores, incluindo o varejo. Dessa forma, pensar neste aumento do fluxo de dados requer considerar incluir recursos tecnológicos que trabalhem as vantagens do Big Data, como um software de gestão, que analisa o fluxo de estoque e mostra quais são os itens mais vendidos por exemplo. Com isso, o pequeno varejista consegue melhorar seu mix de produtos sem precisar dispender de milhares de reais com um estoque grande.

Automação de processos

Outro aspecto positivo na implantação de um software de gestão é a automação de processos. Na nuvem há maior segurança e disponibilidade, já que a tecnologia utiliza servidores distribuídos e compartilhados no ambiente virtual, possibilitando o acesso remoto a qualquer momento. Além disso, o varejista tem custos reduzidos, mais facilidade no backup e escalabilidade. Com esses processos burocráticos automatizados, o dono da farmácia pode investir mais tempo para um dos principais diferenciais: o atendimento.

Chega até ser clichê falar que um bom atendimento conquista e fideliza o cliente, mas eu estaria mentindo se dissesse o contrário. Precisamos lembrar que boa parte dos clientes que compram medicamentos estão tratando de alguma enfermidade e possivelmente estão fragilizados, ou desgastados de alguma forma. A última coisa que eles querem é ter que lidar com um atendimento focado na venda. Com isso, recebê-lo com atenção e atendê-lo de forma humanizada irá conquistá-lo.

Inovar na comunicação

Por fim, inovar na comunicação da farmácia também é extremamente importante, tanto no ambiente físico, quanto no digital. A criação de folders, panfletos, a preparação da vitrine, das gôndolas e do balcão precisam chamar atenção do cliente de modo a entregar o que ele precisa – ou as vezes ainda nem imagina que necessita – na jornada de compra dele, seja nos corredores de um estabelecimento físico ou nas páginas do site. A criatividade aqui é amiga da inovação. Além disso, as redes sociais, incluindo o WhatsApp, precisam estar bem estruturadas para mostrar ao cliente que aquele estabelecimento, ainda que pequeno, está ali para oferecer tudo o que ele precisar e no momento que o consumidor necessita.

Empreender e gerir um negócio não é tarefa simples, ainda mais quando a concorrência é alta. Porém, é a partir de pequenas mudanças diárias que a transformação do negócio acontece. O processo de inovação dentro de uma farmácia não deve ser encarado como excepcional e isolado: ele precisa se tornar um hábito para que, a longo prazo, o pequeno varejista prospere e se torne grande.

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Fonte e foto: Gerente de Ofertas e Produtos Linx, Leandro Maia Ruggero, com exclusividade para o Guia da Farmácia.

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