Inteligência geográfica pode até ser um assunto novo no varejo farmacêutico, mas a sua utilização correta vem mostrando resultados bem positivos para algumas redes em vários segmentos.
A inteligência geográfica é a principal área que apoia na criação de estratégias de negócios. Seja para o acompanhamento e desenvolvimento de lojas existentes ou para contribuir nas estratégias de expansão de novas lojas. Sua aplicação relaciona negócios, comportamento do consumidor, distribuição de unidades e segmenta o mercado por cidades, bairros e até endereços pessoais. Avalia a relação entre fluxo de pessoas,
comportamento e dados demográficos, otimiza os resultados em cada região. E também, prevê o local mais assertivo para a abertura de uma nova loja.
Graças ao seu alto poder de segmentação, com a inteligência geográfica é possível mapear o comportamento do consumidor a partir da aplicação de ferramentas demográficas, que podem apoiar na tomada de decisão para as lojas existentes e orientar com precisão no processo de expansão.
Inteligência geográfica como vantagem para redes
Quando a Inteligência Geográfica é utilizada com o apoio de uma metodologia exclusiva e proprietária, que se baseia no levantamento e análise das mais de diversas fontes de dados públicos, além de dados próprios, coletados diariamente em domicílios mapeados e em campo, garante mais precisão aos resultados e objetivos do negócio.
Uma vez com esses dados em mãos, acompanhados de relatórios descritivos contendo análises e cenários de potencial de consumo e faturamento, resultados concretos e positivos começam a ser percebidos.
Em outras palavras, investir nessa inteligência é uma jornada com conquistas progressivas para redes farmacêuticas.
Por falar em conquistas, os investimentos orientados por dados tem seu retorno refletido em vantagem competitiva, quando o assunto é planejamento, marketing e vendas, isto porque:
● Define com facilidade seu território de venda
● Atrai novos clientes com facilidade
● Define estratégias de expansão com precisão
Inteligência geográfica para segmentação de clientes
Utilizar dessa estratégia para identificar hábitos de consumo é uma ótima oportunidade para conhecer a fundo clientes, e, além de prever, também é possível influenciar o comportamento dos mesmos. Aqui, a inteligência
geográfica entra no momento em que cruza informações demográficas com os hábitos de consumo dos clientes. Isso é possível por meio da utilização de uma plataforma completa de CRM (Customer Relationship
Management).
Geo clusterização
As informações encontradas pelas ferramentas de inteligência podem revelar oportunidades além dos hábitos comuns de consumo, como ofertas hiper personalizadas, visão clara para a criação de novas ações de marketing e incremento no potencial de desejo de compra no consumidor. Na prática, imagine a situação a seguir:
Camila é uma mulher, entre 25 e 30 anos, com renda mensal de aproximadamente 5 salários mínimos, moradora da área de influência primária da sua farmácia, ou seja, muito perto do ponto de venda ou até
mesmo vizinha da loja.
Logo depois de frequentar muito a farmácia, Camila reduziu suas visitas. O volume de compras diminuiu, e você, varejista, gostaria de reverter a situação mas não sabe por onde começar.
Aqui a Inteligência geográfica somada às informações coletadas pelo CRM entra em ação. Cada um dos dados colhidos durante o período de alta frequência de compras, irá guiar o varejista na trilha de entendimento do porquê a Camila não visita o seu estabelecimento com a constância inicial.
Entender as motivações, fatos e situações que levaram sua cliente a se distanciar, é o início da trilha para propositivamente retomar o relacionamento e reforçar laços. Agora você, varejista, conhecerá as necessidades dela e saberá com precisão como estimular o seu retorno à loja com o auxílio de ferramentas de automação de marketing. Com isso, é possível enviar uma comunicação específica que faça uma ativação
coerente com o que ela precisa no momento.
Ativações mais assertivas
Para que o exemplo acima se torne viável, existe uma série de cuidados por trás do uso da inteligência. É uma metodologia de manejo concreto de dados, eliminando as chances de erro de estratégias criadas à base de
achismos. Entregar a mensagem certa e criar oportunidades de negócio, só é possível com o uso de dados ricos. É preciso saber com precisão a localização do seu cliente e conhecer o seu comportamento. Assim, sua
farmácia poderá criar estratégias assertivas, que entregam a oferta certa no momento certo, por meio do canal certo. A qualquer hora e em qualquer lugar.
Inteligência geográfica para expansão de mercado
A geografia é extremamente importante para nortear a expansão de redes varejistas com precisão e eficiência. A abertura de uma nova loja, quando feita sem planejamento e sem análise de dados, pode se tornar uma grande dor de cabeça para empresários, principalmente se questões como o entorno, o potencial de compra dos possíveis clientes daquela loja, a geografia do local, entre outros critérios, não são considerados com cuidado e profundidade.
O objetivo é não errar na hora de escolher o ponto para uma nova loja, pensando especificamente em faturamento. É fundamental saber qual o potencial daquele ponto escolhido antes de tomar a decisão da abertura. É um investimento que pode evitar não só um tremendo prejuízo no futuro, como também o desgaste da imagem da sua rede.
Decisões a partir da movimentação e interesses dos clientes
Com uma análise geográfica, econômica e comportamental detalhada é possível entender o perfil do consumidor e verificar dados profundos sobre o mercado, o que permite ampliar o conhecimento do seu público, saber onde está concentrado e, assim, ter mais segurança sobre o real potencial de faturamento na hora de abrir, ou reposicionar a sua farmácia.
Seguindo esta análise, o modelo de expansão pode priorizar determinadas localizações conforme os objetivos do planejamento estratégico da sua rede de farmácias, calculando o potencial das novas unidades e direcionando seguramente seus investimentos.
Para se amparar em dados complexamente completos e alcançar resultados concretos, é necessário ter o conhecimento pleno de metodologias de análise de informações tais como: densidade populacional, número de domicílios, renda domiciliar, expansão urbana, movimentação das vias na região, fluxo de pessoas, comportamento da concorrência, saturação do mercado, canibalização de lojas, e potencial de consumo, são pontos que definem o sucesso do seu faturamento.
Assim, teremos em mãos informações concretas, contendo análises e cenários de potencial. Mais que isso, o uso de dados abre portas para realizar projeções de faturamento de uma loja com alto grau de assertividade. O uso de uma inteligência baseada em coleta de dados se alia ao processamento dos mesmos, guiado por especialistas em disciplinas como Geografia, Estatística, Matemática, Tecnologia, Comportamento de Consumo e Marketing, para, finalmente, alcançar um resultado holístico, que faça de fato a diferença na tomada de decisão do varejo. Ou seja, cruzando uma robusta base de dados com experiência de mercado, os resultados são visíveis.
Resultados na prática
A Farmácia Nacional é um bom exemplo de como utilizar inteligência geográfica em sua estratégia de expansão. A rede contou com a experiência da Bnex, parceria esta que dura desde 2018, que desenvolve estudos de potencial de expansão para que a rede invista assertivamente em locais promissores, para auxiliar no aumento de unidades.
O estudo mais recente foi realizado com exclusividade pela equipe de inteligência de dados da Bnex, quando a próxima loja a ser aberta ainda não tinha um ponto definido.
A equipe aprofundou o seu estudo na cidade escolhida e a dividiu em quadrantes, nos quais são realizadas simulações de entrada de novos estabelecimentos, e a partir de dados secundários e o cruzamento com
análises de comportamento de consumo foram analisados informações como densidade populacional, expansão urbana, potencial de consumo, renda populacional, número de domicílios, entre outros. A partir dos
resultados, foram definidos os melhores locais para abertura de uma nova filial. Hoje, a Farmácia Nacional atingiu a marca de 36 lojas, e isso se deve muito ao esforço e dedicação de uma equipe multidisciplinar.
Populacional, número de domicílios, renda domiciliar, expansão urbana, movimentação das vias na região e fluxo de pessoas, comportamento da concorrência, saturação do mercado, canibalização de lojas, e potencial de consumo, são pontos que definem o sucesso do seu faturamento.
O executivo Marcelo Borges, diretor de Marketing da Farmácia Nacional, conta que o crescimento da rede também se dá pela excelência em prestação de serviços farmacêuticos, pelo sistema de delivery, pelo mix de
produtos e, agora, pelo e-commerce e por um aplicativo personalizado.
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Inteligência geográfica para ampliar seus resultados
Há 15 anos no mercado, e com mais de 300 varejistas e indústrias em sua carteira de clientes, a Bnex conta com uma base de dados de, aproximadamente, 35 milhões de domicílios únicos, representando 50%
dos domicílios brasileiros, e atingindo a marca de R$ 40 bilhões de transações de compras por ano.
A Bnex utiliza estratégias geográficas para alavancar os resultados de seus clientes. A empresa aponta com 96% de precisão onde estão as reais oportunidades de aumento de faturamento na sua região, na
concorrência, no PDV e nas categorias, com diagnóstico completo e de fácil entendimento (com fotos, mapas detalhados, checklists comentados, indicadores organizados, orientação de especialistas em comportamento
de consumo e varejo). Para amparar o segmento varejo alimentar e farmacêutico, a Bnex conta com um time multidisciplinar que tem o apoio de estatísticos, geógrafos, matemáticos e especialistas em marketing e TI.
Fonte: artigo de Evandro Alampi, head de Inteligência da Bnex, com exclusividade para o Guia da Farmácia.
Foto: Divulgação Bnex
1 comentário
A inteligência geográfica é metodologia aplicada às redes de Farmácia que visam apenas comercialização de medicamentos, bens de Saúde, excluindo as populações periféricas das cidades brasileiras onde o acesso é restrito por razões econômicas e sociais.