Ocorreu ontem (28/04) o workshop on-line do Retail Farma Brasil, sobre os impactos nas principais categorias de produtos Consumer HealthCare e os direcionamentos das práticas de serviços farmacêuticos no Brasil.
A webinar contou com a primeira projeção pós-Covid-19 da IQVIA, com a participação do diretor da Consumer Health Business Unit da IQVIA, Rodrigo Kurata.
Acompanhe alguns dos principais insights:
Não é segredo que devido a pandemia da Covid-19, os hábitos de compra da população brasileira mudaram drasticamente. Por exemplo, em comparação ao mesmo período do ano passado, as compras on-line, via e-commerce, cresceram 69,6% em março. De acordo com a IQVIA, o mesmo ocorreu em outros países da América Latina, como é o caso do México, que teve um aumento de 10% nas vendas on-line de grandes redes de farmácia.
Com o novo coronavírus, houve também uma mudança o ritmo de compra de determinadas áreas da farmácia. A categoria de cuidados com o paciente cresceu 8,4% em preço consumidor, enquanto dermocosméticos declinou 7,3%. Já nos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), pudemos observar o aumento de 165,8% nas compras entre fevereiro e março deste ano. Contudo, de acordo com o IQVIA, o crescimento é temporário e a estocagem e o consumo não deve continuar no mesmo patamar em abril.
Impactos da Covid-19 no varejo farma
Um dos grandes impactos da pandemia no setor farma é a mudança no cronograma de lançamentos de medicamentos e produtos. Isso porque as empresas adiaram os lançamentos de novas moléculas, extensões de linha e novos packs e formulações, gerando impacto negativo no curto prazo. Contudo, espera-se recuperação no futuro com a aceleração dos lançamentos no período pós-crise.
Outra impacto abordado foi o adiamento do aumento dos preços dos medicamentos. Entretanto, esse impacto é temporário e dura somente enquanto a medida estiver em vigor (sem recuperação pós-evento).
Já em valores, a IQVIA projeta que o varejo farma deve crescer 7,3% em 2020 no “baixo impacto”. Já no “alto impacto” da pandemia, o crescimento deve ser de apenas 1,9%.
Fonte: Guia da Farmácia
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