Mesmo com inflação, desvalorização do câmbio, falta de matéria-prima e com a perda do poder de compra do consumidor brasileiro durante o período da pandemia da Covid-19, as expectativas para o próximo ano no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos são positivas em 2022, segundo o sócio-líder do segmento de bens de consumo da KPMG, Aldo Cardoso Macri.
De acordo com ele, o retorno ao ambiente presencial e a reabertura desses pontos de venda também contribuíram para a recuperação do segmento.
“Atualmente, o mercado global deste segmento movimenta aproximadamente 500 bilhões de dólares e o mercado brasileiro, que é o quarto do mundo em vendas, praticamente, dobrou de tamanho nos últimos dez anos. A evolução da área de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos tende a fazer com que o setor ganhe ainda mais destaque, estimulando o consumo da população”, analisa o sócio.
De acordo com o líder, o destaque do próximo ano será as empresas que investem na sustentabilidade e que demonstram o cuidado com o meio ambiente. O segmento ainda lida com altos custos para colocar em prática a logística reversa de embalagens e frascos.
Outra tendência para se atentar são os produtos que não levam água na composição, apresentando-se soluções em pó ou barra. Os novos hábitos de higienização adquiridos com a crise sanitária impactaram, positivamente, as compras desses produtos, o que pode ser visto também com o crescimento das vendas on-line.
Como fica o segmento da beleza no e-commerce em 2022?
Para Macri, o comércio eletrônico teve um crescimento considerável, mas ainda é possível observar que há bastante espaço para democratização do ambiente virtual e essa é uma tendência para o próximo ano, em conjunto com uma busca por maior participação dos consumidores das classes C, D e E.
“Todas as categorias cresceram no ambiente digital, mas isso não quer dizer que o espaço físico está sendo deixado de lado. Os clientes ainda o consideram essencial para ver de perto os produtos. Por isso, é tão importante a criação de uma estratégia combinando vendas em espaços físicos e digitais”, comenta o líder.
O crescimento das parcerias com os influenciadores também parece ser um grande aliado do segmento para o próximo ano. “Eles são responsáveis por trabalhar a influência e opinião do público sobre determinado produto. Além disso, ao compartilharem experiências, fazem com que os seguidores conheçam certas marcas e aumentem as vendas no ambiente online e físico”, conclui.
Fonte: KPMG
Foto: Shutterstock
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