Lote de vacinas pentavalente é recusado pela Anvisa devido à qualidade

Exposição a temperaturas fora da faixa de conservação é uma das principais causas de rejeição do lote de vacinas pentavalente e afeta diretamente a proteção de bebês recém nascidos

A vacina pentavalente está em falta na rede pública de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) interditou o lote de vacinas da empresa indiana “Biologicals E. Limited”, em maio. O motivo é o resultado insatisfatório. O órgão regulador analisou a cor, o odor e as características da embalagem do produto e detectou anomalias.

“Exposição a temperaturas fora da faixa de conservação, férias de temperatura, pode degradar a qualidade dos produtos, segurança e segurança dos medicamentos. Assim, quando isto ocorre, no geral, há uma má relação entre o aspecto das vacinas e medicamentos ”, ressalta o farmacêutico Ricardo Miranda, do Grupo Polar.

Só em São Paulo, faltam vacinas em mais de 30 cidades, incluindo interior e litoral. Contudo, as vacinas fazem parte do calendário nacional de imunização. Elas devem ser dadas, gratuitamente, nos postos de saúde para todas as crianças com dois, quatro e seis. Em seguida, um reforço após o primeiro ano de vida. Dessa forma, o bebê é protegido contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite.

Enquanto o lote de vacinas não chega, a orientação de profissionais da saúde é que os pais evitem locais com grande aglomeração. Sendo assim, o Ministério da Saúde deve enviar novas doses, de outro laboratório, ainda neste mês para regularizar os estoques.

Futuramente, a nova lei da Anvisa sobre as Boas Práticas de Distribuição e de Armazenagem e Boas Práticas de Transporte de Medicamentos, com base na Consulta Pública 343/17, garantirá maior controle e o monitoramento da temperatura durante todo o processo de distribuição e transporte.

Foto: Shutterstock
Fonte: Grupo Polar

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