O e-commerce deve crescer 15% em 2018 no Brasil, fechando o ano com um faturamento de R$ 69 bilhões e o comércio realizado por aparelhos móveis (m-commerce) deve responder por cerca de 33% dessas vendas – contra 28% no ano passado. Esses números mostram uma tendência que começa a tomar conta do varejo nacional: o comércio mobile, realizado por meio de celulares ou tablets. Os dados são do relatório de inteligência produzido pelo Sebrae Inteligência Setorial (SIS).
O m-commerce, que se constitui como a modalidade de comércio virtual efetuada via smartphones ou outros dispositivos móveis, tem crescido, justamente, em razão da popularidade dos smartphones e do aumento do acesso à internet pelos brasileiros. Ainda de acordo com o Sebrae, a praticidade oferecida aos consumidores é um de seus grandes atrativos. A geração Z (que reúne os nascidos entre 1990 e 2010) tem papel decisivo nesse momento de crescimento.
Dados sobre m-commerce no 1º semestre de 2018
O uso do celular está consolidado no País, sendo ele, inclusive, o principal meio de acesso à internet pelos brasileiros (97,2% dos domicílios com internet utilizam o dispositivo como fonte de acesso). E esse crescimento no uso do mobile causa impacto também no comércio eletrônico, via m-commerce:
– 32% das transações online foram feitas por dispositivos móveis no 1º semestre de 2018
– O faturamento foi 30% maior do que o registrado no mesmo período em 2017
– O número de pedidos foi de 17,4 milhões, um aumento de 41%
Geração mobile e suas características
A geração mobile é composta principalmente pela geração Z, que está chegando agora ao mercado de trabalho. Com isso, de acordo com o relatório do SIS, ela terá sua renda aumentada e deverá ser o principal público consumidor em um futuro próximo. Pensar em formas de atraí-lo e fidelizá-lo, portanto, é também uma estratégia para se preparar para o futuro mercado consumidor.
No Brasil, 31% da população pertence a essa geração. São pessoas que já nasceram com acesso a internet banda larga e por isso sempre tiveram uma relação de proximidade com a tecnologia. Nada menos do que 96% desse público possui smartphones e gasta em média três horas e trinta oito minutos por dia no aparelho.
Os millennials (geração antecessora e que foi a primeira a adotar os dispositivos móveis em sua rotina) também fazem parte da geração mobile, embora esteja perdendo seu espaço para os Zs. Apesar disso, atualmente,ainda efetuam mais compras online do que os Zs, que ainda não possuem uma renda elevada.
O comércio está pronto para a geração mobile?
Como toda geração, os Zs também possuem sua própria forma de se relacionar com as marcas e o comércio de modo geral. No Brasil, eles já formam mais de 65 milhões de consumidores em potencial. Conhecer suas características, portanto, pode facilitar no relacionamento com esse público.
Essa geração é muito exigente e já não se atrai apenas com formas tradicionais de propaganda. Como essas pessoas cresceram usando a internet e as redes sociais, sabem pesquisar por detalhes daquilo que procuram e confiam na opinião de amigos para fechar a compra. Assim, é preciso que as marcas tenham presença online e busquem personalizar a experiência de compra de acordo com o perfil de cada consumidor.
Os smartphones são a grande porta de entrada para esse público. Apesar disso, o relatório SIS alerta que diversos comércios online buscam criar páginas voltadas apenas para computadores e laptops, esquecendo-se de que esse formato pode não proporcionar uma boa experiência no m-commerce. Como o celular é item indispensável para a geração Z, uma experiência ruim pode afastá-los da marca. Da mesma forma, o Google penaliza sites que não são responsivos, deixando de mostrá-los como resultados nas buscas.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
Qual a jornada de compras no e-commerce?