Pandemia aumentou a procura por produtos mais baratos e alavancou as marcas próprias
O aperto do ano de 2020, em todos os sentido, fez com que muitos recorressem aos produtos de marcas próprias nas prateleiras para economizar e o reflexo disso foi um significativo crescimento do segmento e uma consolidação dessas marcas, que podem passar a ter mais protagonismo na casa dos brasileiros em 2021.
Esse crescimento foi registrado pela Kantar, em pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Marcas próprias e Terceirização (Abmapro), que aponta que mais de 2,2 milhões compraram, assim, novas marcas apenas no primeiro semestre de 2020.
Quando concluído o levantamento, a estimativa era de que o faturamento das mesmas fechasse o ano com R$ 8 bilhões, assim, alcançando por volta de 10% de crescimento.
Para 2021, o cenário é ainda mais promissor, de acordo com o presidente da Associação, Neide Montesano.
“Com o fim do auxílio emergencial e as incertezas sobre o futuro da economia, as famílias vão ter que recorrer ainda mais às esses produtos para economizarem e garantirem o poder de compra. Esses rótulos, além de oferecerem preços mais acessíveis, também garantem que, por trás deles, haja um produto de boa qualidade”, completa a executiva.
Apesar da crise, no entanto, o crescimento das marcas próprias não se restringiu apenas ao varejo convencional, mas também se estendeu a outros segmentos: desde produtos para casa, vestuário e itens de farmácia, passando por artigos esportivos e produtos para reforma, chegando até o Mercado de Luxo.
Cresce consumo de marcas locais e próprias no Brasil
Fonte: Abmapro
Foto: Shutterstock