Armazenagem, higiene, odor e sabor do alimento precisam ser adequados para evitar problemas gastrointestinais
Alerta para intoxicação alimentar no verão: Nesta época do ano, é muito comum as pessoas tirarem uns dias de descanso para viajar, ficar ao lado da família e celebrar com muita animação, comida e bebida as comemorações de fim de ano e as tão esperadas férias coletivas. Entretanto, para curtir o verão sem riscos à saúde, é fundamental redobrar os cuidados com a alimentação.
É fato que, de dezembro a fevereiro, há um aumento significativo no número de atendimentos em prontos-socorros e hospitais do Brasil devido a intoxicações alimentares e à ingestão de alimentos mal armazenados e estragados, alerta a nutricionista formada em Gastronomia e Nutrição pela FMU, Débora Copelli Lima.
“Por conta das altas temperaturas, as bactérias patogênicas acabam se multiplicando com maior facilidade. Por isso, é fundamental verificar a procedência e higiene dos alimentos consumidos fora de casa e optar sempre por itens mais leves e saudáveis”, destaca.
Acompanhe, a seguir, algumas características da intoxicação alimentar.
SINTOMAS DO PROBLEMA
Normalmente, a intoxicação alimentar se manifesta por meio de sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, febre, mal-estar e dores abdominais, enumera Débora.
Dez dicas para manter os alimentos bem conservados e adequados para consumo
- Lavar bem as mãos, os utensílios e os alimentos antes do preparo.
- Manter os alimentos crus, como carnes, aves e peixes, separados dos alimentos prontos para o consumo.
- A maioria das bactérias patogênicas morre quando submetida às altas temperaturas. Então, evitar alimentos crus e mal passados.
- Refrigerar ou congelar os alimentos perecíveis comprados ou preparados em casa em um período máximo de duas horas.
- Não descongelar os alimentos à temperatura ambiente, deixando-os em cima da pia.
- A maneira mais segura para descongelar alimentos é na geladeira.
- Para descongelar alimentos no micro–ondas, utilizar a tecla “degelo”.
- Não consumir alimentos deteriorados ou com a embalagem alterada.
- Embalar adequadamente os alimentos mantidos em geladeiras ou freezer.
- Higienizar verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas em solução de água com hipoclorito de sódio ou com uma colher de água sanitária para cada litro de água.
Fonte: nutricionista formada em Gastronomia e Nutrição pela FMU, Débora Copelli Lima
FORMAS DE DIAGNÓSTICO
É feito logo após a pessoa ter consumido algum alimento mal conservado, mas vale ressaltar que em criança e idosos esses sintomas podem durar um tempo maior do que em um adulto saudável.
MANEIRAS DE TRATAMENTO
O tratamento para os casos mais leves não exige atendimento emergencial. Durante a fase de recuperação, o paciente deve reforçar a hidratação, com água mineral, isotônicos, água de coco e sucos, além de manter refeições leves e de fácil digestão.
Em alguns casos, pode haver necessidade de hidratação com soro caseiro e o uso de medicações antiparasitárias ou antibióticas, desde que orientadas pelo médico.
Situações que indicam cenário de risco
A maioria dos casos de Intoxicação alimentar no verão é leve e solucionada em poucos dias com hidratação adequada e dieta saudável. Entretanto, a nutricionista formada em Gastronomia e Nutrição pela FMU, Débora Copelli Lima, lista oito sinais que alertam para a busca de atendimento emergencial, especialmente em crianças e idosos. Confira:
- Episódios frequentes de vômitos com dificuldades de manter líquidos no estômago.
- Vômitos de sangue.
- Diarreia grave por mais de três dias.
- Fezes com sangue.
- Febre acima de 38°C.
- Desidratação, que costuma ser indicada por sede excessiva, boca seca, pouca ou nenhuma micção, fraqueza severa, tonturas ou vertigens.
- Dificuldade em falar.
- Fraqueza muscular que progride.
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