As oportunidades do varejo farmacêutico

Apesar das altas taxas de crescimento apresentadas ao longo da última década, as marcas próprias ainda têm muito que se desenvolver no mercado brasileiro

Segundo a Kantar Worldpanel, hoje, elas representam em torno de 1,2% do mercado total, enquanto que, na Europa Ocidental, esse tipo de produto já detém mais de 30% do mercado e, nos Estados Unidos, chega a 20%.

A estrada é longa, mas o Brasil tem potencial para expandir – e muito – a representatividade das marcas próprias dentro do varejo brasileiro. E o caminho para esse crescimento passa justamente pelas farmácias.

Apesar de 90% dos produtos de marca própria hoje serem adquiridos nos supermercados, é o varejo farmacêutico que apresenta os maiores índices de crescimento.

Dados da Nielsen mostram que, entre 2015 e 2016, o segmento de marcas próprias cresceu 13,3% no ramo alimentar. No mesmo período, as farmácias registraram aumento de 46,2%, crescendo mais até que o chash&carry (40,1%), canal que sofreu um boom de consumo durante a crise.

Com índices de expansão tão expressivos, o faturamento das marcas próprias nas farmácias aumentou cinco vezes em seis anos. Em 2016, as marcas próprias cresceram mais de 46%, enquanto as de fabricante tiveram desempenho de 22,3%.

“Existem inúmeras categorias que o consumidor compra sem que as marcas tenham tanta relevância no fator de escolha, como artigos da chamada ‘farmacinha’, por exemplo. Este tipo de produto pode abrir mais facilmente o caminho para categorias mais elaboradas e de maior competitividade, como fraldas, suplementos e vitaminas”, destaca a sócia da Step Stone e referência em marca própria, Alexandra Jakob.

Com crescimento expressivo no varejo brasileiro, as marcas próprias se apresentam como estratégia de aumento no faturamento e na fidelização de clientes.

Foto: Shutterstock

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Edição 301 - 2017-12-01 Novo ano em vista

Essa matéria faz parte da Edição 301 da Revista Guia da Farmácia.