A cautela na hora de investir em uma marca própria na farmácia

Apesar dos números serem tentadores, é preciso ter cautela antes de investir

O primeiro ponto a ser considerado é a escala. Para tornar o investimento viável, é preciso ter um alto volume de vendas por produtos.

“Pequenas farmácias tendem a ter maior dificuldade nesse tema. O caminho para elas é trabalhar por meio de grupos organizados de compras ou passar a fazer parte de redes de franquias de farmácia, que hoje já oferecem o portfólio de próprias como um diferencial”, explica Alexandra.

Uma vez que a farmácia decida fazer o investimento, é preciso garantir que a marca própria tenha o posicionamento correto perante os outros fabricantes expostos nas gôndolas.

Outro ponto importante é garantir a continuidade da marca dentro da farmácia, de modo que o consumidor possa criar o hábito de consumo e se fidelizar àquele produto.

A exposição adequada varia muito de acordo com a categoria e o produto desenvolvido, mas, em geral, as marcas próprias devem ser expostas na altura dos olhos com destaque nas gôndolas. Quanto à precificação, as tendências mais recentes mostram que produtos com melhor preço, mas de baixa qualidade não trazem bons resultados em médio prazo, pois não fidelizam seus clientes. ”É melhor investir em produtos cerca de 10% mais barato que os líderes, mas com boa qualidade”, aconselha a especialista.

Outro ponto importante é garantir a continuidade da marca dentro da farmácia, de modo que o consumidor possa criar o hábito de consumo e se fidelizar àquele produto.

Em casos de dúvidas quanto à escolha de fabricantes terceirizados, precificação, exposição e ao posicionamento da marca, uma alternativa é recorrer aos serviços de entidades de classe, como a Abmapro.

“Não dá certo quando a marca própria não é uma prioridade estratégica. O varejista introduz o produto, mas não cuida da execução ou o abandona diante de uma negociação com a indústria. Os cases de sucesso são de varejistas que criam uma unidade de negócio, que pensam com a mesma mentalidade da indústria no cuidado com a marca”, alerta Araújo, da Inteligência de Varejo.

Em casos de dúvidas quanto à escolha de fabricantes terceirizados, precificação, exposição e ao posicionamento da marca, uma alternativa é recorrer aos serviços de entidades de classe, como a Abmapro.

“É uma associação de caráter informativo. Temos cursos, oferecemos orientação para quem está entrando nesse mercado. É importante que os varejistas comecem sabendo o que vão fazer. Tem de entrar com pé no chão. Buscar informação para não perder a chance de um grande negócio”, orienta Giovanna, da Abmapro.

Com crescimento expressivo no varejo brasileiro, as marcas próprias se apresentam como estratégia de aumento no faturamento e na fidelização de clientes

Foto: Shutterstock

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Edição 301 - 2017-12-01 Novo ano em vista

Essa matéria faz parte da Edição 301 da Revista Guia da Farmácia.