Desafios para a contratação correta

As transformações do varejo farmacêutico demandam por farmacêutico clínico e farmacêutico gestor. Há espaço para ambos no mercado

Todos nós temos acompanhado a revolução que vem ocorrendo com a profissão farmacêutica ao longo dos anos no Brasil. Essa transformação tem impactado o mercado e este reage, exigindo que o profissional busque cada vez mais ser um especialista em sua área de atuação.

Atualmente, vemos que o conceito de farmácia no Brasil vem mudando e as farmácias estão cada vez mais ampliando o mix de serviços farmacêuticos. O motivo dessa ampliação se dá ao fato de que esse profissional pode ter atuação clínica dentro das farmácias e drogarias de todo País e isto pode ser um diferencial competitivo entre a farmácia X e a farmácia Y em um processo de tomada de decisão de compra do cliente sobre se entra na farmácia X ou Y para comprar.

Paralelo a isso, acompanhamos movimentos do mercado, para que o profissional farmacêutico também assuma um papel para ser gerente de farmácia. Ao assumir essa posição estratégica, exigem-se outras competências, para que ele realize atribuições que não aprendeu durante a sua graduação e, possivelmente, tenha aprendido no dia a dia ou ao realizar um curso específico para a formação de gerente de farmácia.

Com isso, o mercado vem exigindo que esse mesmo profissional tenha competências distintas para realizar diversas demandas e eu, particularmente, não vejo nada de errado nisto.

Mas afinal, qual seria o futuro da profissão farmacêutica? Ser um farmacêutico clínico ou um farmacêutico gestor? Na minha percepção, a primeira coisa que precisa ser feita é você identificar qual é o seu perfil e, posteriormente, tomar a decisão de qual caminho esse profissional deve seguir. Porque um profissional que não tem perfil para assumir determinado cargo pode provocar danos irreparáveis para a empresa, como também para o cliente/equipe e para sua própria carreira.

No entanto, eu gostaria de compartilhar um ponto de vista sobre essa discussão que: todo farmacêutico clínico, por si só, é um gestor da saúde do outro, mas precisa buscar desenvolver “a visão de negócios”, para que a sua farmácia seja sustentável neste mercado de extrema competitividade.

Já o profissional que tem perfil para ser um farmacêutico gestor precisa entender que os serviços farmacêuticos e a farmácia clínica são uma realidade dos players do varejo farmacêutico e é preciso buscar conhecimento nesta área para que ele entenda os benefícios para a empresa, o seu cliente final e a sua gestão.

Por isso, eu acredito que exista espaço para os dois perfis de profissionais em todo mercado brasileiro e não existe um perfil melhor que o outro, pois eles são complementares, para que a empresa continue perene no mercado.

Portanto, se você é farmacêutico, busque se desenvolver cada vez mais e se você é farmacista, busque dar cada vez mais ferramentas para que esse profissional tenha conhecimento e bata todas as metas propostas pela sua empresa.

Foto: Shutterstock

Conhecimento é Tudo!

Edição 319 - 2019-06-06 Conhecimento é Tudo!

Essa matéria faz parte da Edição 319 da Revista Guia da Farmácia.

Sobre o colunista

Diretor do Instituto Pedro Dias.