Mundipharma contra a dor

A Mundipharma atua no Brasil nos segmentos de analgesia e oftalmologia, sempre em busca do tratamento correto das dores crônicas e oncológicas, aliviando o sofrimento e melhorando a qualidade de vida dos pacientes

A história da Mundipharma começou em 1952, quando o Dr. Mortimer D. Sackler e o Dr. Raymond R. Sackler adquiriram a Purdue, com sede nos Estados Unidos. Por ter iniciado como uma empresa familiar, sempre acreditaram ser importante construir relacionamentos comerciais duradouros e baseados na confiança.

Esse pilar de confiança, junto com uma cultura empreendedora e uma abordagem própria a parcerias, deram à Mundipharma a oportunidade de estabelecer uma forte presença em todos os mercados farmacêuticos do mundo.

A empresa é especializada em uma ampla gama de produtos que englobam analgésicos e tratamentos respiratórios, além de produtos antissépticos e altos investimentos para marcar presença também no mercado de oncologia.

Por ser uma empresa privada e empreendedora, está aberta a oportunidades de negócios – tanto relacionados às áreas de especialização com as quais já trabalha quanto às novas, mas promissoras, oportunidades. Através de extensos contatos na região da Ásia-Pacífico e globalmente, podendo ser uma aliada em todo o processo, desde o desenvolvimento até a promoção de um produto.

A principal área de atuação da companhia é na constante busca para o alívio da dor. Para falar sobre esse assunto e também sobre a aquisição de um portfólio de glaucoma para o Brasil, Hugo Saavedra, CEO da Mundipharma Brasil, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia. O executivo revela que tanto o governo quanto a iniciativa privada podem desenvolver ainda mais soluções para incrementar o acesso da população a medicamentos e ao sistema de saúde, melhorar a satisfação e promover a maior eficiência do setor. “Hoje, mais do que tratar de doença, é necessário abordar a prevenção e, também, o conforto do paciente crônico.” Acompanhe.

Guia da Farmácia • Apesar de a Mundipharma ter sido fundada em 1957, ela chegou ao Brasil em 2013. Por que decidiu vir para o País depois de tantos anos?

Hugo Saavedra • A Mundipharma e suas empresas associadas independentes atuam na indústria farmacêutica entregando produtos de alta qualidade, alinhados com os valores de inovação e compromisso com os pacientes e instituições de saúde. Temos mais de 60 anos de herança, com uma rede de distribuição presente em seis continentes. Comercializamos no mundo 38 medicamentos, em seis áreas terapêuticas, com um pipeline em franco crescimento. Nossos produtos são vendidos em mais de 120 países, contribuindo para a qualidade de vida de mais de quatro bilhões de pessoas. A história da empresa começou em 1957, na Suíça. Em 1973, a companhia desenvolveu uma tecnologia para o tratamento de dor crônica. A partir deste momento, começamos a operar em outros países, como Japão (1991), China (1993), Coreia do Sul (1998), Malásia (2004), Filipinas (2005), Hong Kong (2011), Taiwan (2012), Brasil e Dubai (2013). Nosso portfólio no Brasil atua nos segmentos de analgesia, oncologia e oftalmologia (adquirido em 2015). Este ano, entramos na linha diagnóstica e temos no pipeline outras linhas terapêuticas.

Guia • Em 2015, a empresa comprou um portfólio de produtos para tratamento de glaucoma. O que mudou desde então?

Saavedra •  Estamos empenhados em desenvolver um portfólio diversificado de medicamentos que atenda às necessidades da sociedade, identificando o potencial de inovações médicas que contribuam para a melhora do paciente de maneira significativa. Em dezembro de 2015, anunciamos a compra do portfólio de glaucoma da farmacêutica MSD, conhecida como Merck nos Estados Unidos e no Canadá. Esta aquisição foi uma entrada estratégica para o setor de oftalmologia com produtos consolidados e confiáveis. A negociação envolveu todos os medicamentos indicados para a doença. De lá para cá, atuamos em posicionar o portfólio de forma competitiva e ampliar a força de vendas, para reforçar a presença em todo o País. Hoje, no Brasil, a estimativa é de que 900 mil pessoas são portadoras do glaucoma, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Guia • Qual a importância do Brasil no mercado mundial e da América Latina para a Mundipharma?

Saavedra • Na região, existe uma grande necessidade não atendida no tratamento de pacientes com dores causadas pelo câncer e outras enfermidades, e a nossa responsabilidade como indústria farmacêutica é oferecer inovação e acesso mais fácil às estratégias terapêuticas que contribuem para a melhora da qualidade de vida. A abertura do escritório no Brasil reforça o objetivo de oferecer novas possibilidades em tratamentos focados no melhor interesse dos pacientes e àqueles que deles cuidam. Estamos trabalhando para aumentar o nosso portfólio já a partir deste ano.

Guia • Entre as categorias de produtos trabalhadas pela Mundipharma, estão os medicamentos para a dor. O que há de inovação nesta área?

Saavedra • Vários estudos, nacionais e internacionais, mostram que pacientes com sintomas de dor representam cerca de 75% a 80% de todos os pacientes que procuram serviços médicos, sendo que a dor crônica (aquela que apresenta pelo menos seis meses de duração), incide em cerca de 30% a 40% de toda a população brasileira, tendo um impacto importante na vida do paciente e na economia do País. Sendo assim, quanto maior forem as opções terapêuticas, maior é a chance de um manejo adequado da dor. Focada em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, assim como em mecanismos de segurança para o paciente, a Mundipharma busca constantemente novas formas de controle da utilização de medicamentos. Desenvolvemos, por exemplo, uma molécula em uma matriz de camada dupla que permite a liberação gradual da função analgésica do medicamento na corrente sanguínea após a digestão.

Guia • Quais são os medicamentos para dor que a Mundipharma oferece ao mercado e como eles funcionam?

Saavedra • Temos dois produtos para tratamento de dores de moderadas a intensas, sendo o primeiro um medicamento de liberação prolongada, e o segundo, um adesivo transdérmico.

Guia • Qual a importância do varejo farmacêutico brasileiro para a Mundipharma?

Saavedra • Há muita oportunidade de crescimento, e tanto o governo quanto a iniciativa privada podem desenvolver ainda mais soluções para incrementar o acesso da população a medicamentos e ao sistema de saúde, melhorar a satisfação e promover a maior eficiência do setor. Hoje, mais do que tratar da doença, é necessário abordar a prevenção e, também, o conforto do paciente crônico. Nesse sentido, as inovações tecnológicas no segmento da saúde têm contribuído muito para o desenvolvimento de soluções terapêuticas cada vez mais eficientes.

Expectativas para 2019

Edição 314 - 2019-01-09 Expectativas para 2019

Essa matéria faz parte da Edição 314 da Revista Guia da Farmácia.