A transformação digital se tornou essencial para a sobrevivência e crescimento do varejo farmacêutico. Recentemente, participei da NRF (National Retail Federation) – Retail’s Big Show, em Nova York, onde a Inteligência Artificial (IA) deixou de ser uma tendência futurista e mostrou-se uma realidade que impacta diretamente os negócios.
Em edições anteriores, temas como o meta verso surgiram, mas logo se observou que não teriam tanto destaque, mas a IA se destacou no evento por sua capacidade de transformar o setor, especialmente na gestão de estoques, precificação e atendimento ao cliente.
A IA vai além da automatização. Ela analisa grandes volumes de dados, realiza previsões baseadas em comportamentos e auxilia nas decisões estratégicas. Ela já se tornou acessível até para pequenos empresários, mudando a mentalidade de “tendência” para “realidade”.
Muitos varejistas ainda não adotaram a digitalização, o que representa um risco crescente à medida que o mercado exige mais agilidade e inovação.
Uma das maiores transformações que a IA traz ao varejo farmacêutico é a precificação dinâmica, que ajusta os preços conforme demanda, estoque e comportamento do consumidor. Além disso, a personalização do atendimento, com promoções e sugestões de produtos baseadas em dados, melhora a experiência do cliente e a competitividade da farmácia.
No entanto, a digitalização enfrenta resistência, principalmente entre pequenos empresários, que ainda operam de forma analógica. Esse cenário precisa ser superado, pois a digitalização não é mais uma escolha, mas uma necessidade para garantir o crescimento e a sobrevivência das empresas. Para que a digitalização seja eficaz, é fundamental a capacitação das equipes e a mudança na gestão.
O associativismo é uma ferramenta poderosa nesse processo. A união de farmácias permite que pequenas e médias empresas compartilhem recursos, como tecnologias e soluções digitais, que seriam inacessíveis individualmente. A colaboração entre as farmácias fortalece o setor e as torna mais competitivas no mercado.
O futuro do varejo farmacêutico dependerá da capacidade de adaptação à era digital. A transformação não será fácil, mas é essencial.
O associativismo oferece um caminho para que as farmácias enfrentem os desafios e aproveitem as oportunidades da digitalização. A IA e outras tecnologias irão impactar todos os aspectos do varejo farmacêutico, desde a gestão interna até o relacionamento com o cliente.
A chave para o sucesso será a colaboração entre os empresários e a adoção de novas práticas. Em 2025, a adaptação digital será uma questão de sobrevivência no setor farmacêutico. Estamos preparados para essa transformação?