Crescentes dificuldades fizeram com que farmácias independentes adotassem estratégias para melhor competir com as grandes redes
Os principais entraves para farmácias independentes agrupadas em associativismo; cooperativas; associações de compra; organização de marketing; licenciamentos ou franquias estão no crescimento do desemprego, na perda do poder aquisitivo e até na situação econômica do País. Mesmo assim, as grandes redes se tornaram cada vez mais fortes dentro do mercado e criaram um ambiente muito competitivo para as independentes.
Essas crescentes dificuldades fizeram com que farmácias independentes adotassem estratégias para melhor competir com as farmácias de grandes redes e passassem a valorizar mais o associativismo e outras formas de associação.
Diante das dificuldades para se manterem competitivas, adotaram inúmeras estratégias, que acabaram proporcionando uma grande mudança no varejo farmacêutico. Assim, hoje, é cada vez mais comum as farmácias independentes se ligarem a algum tipo de associação para tentar acompanhar parte da profissionalização das grandes redes.
Entre as estratégias absorvidas, valem destacar os aspectos de efetuar compras centralizadas, obtendo resultados mais rentáveis; layoutização e ambientação de lojas; foco na prestação de serviços, visando à fidelização dos clientes, usando cartões de relacionamento; o uso do comércio eletrônico; e outras ações diferenciadas, tais como entregas em domicílio, call centers e convênio com empresas.
Para incrementar o fluxo de pessoas dentro das lojas, as farmácias passaram também a oferecer serviços, como pagamento de contas de luz, água e telefone, recarga de celulares. Outras estratégias visam ao “atendimento personalizado” e envolvem aferição de pressão arterial, checagem do nível glicêmico, sendo um diferencial na concorrência entre as farmácias.
Outro foco é a diversificação do mix de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), impulsionado pela busca por maiores receitas além dos medicamentos; estratégia usada para captar novos clientes, aumentar vendas e enfrentar a concorrência.
Tenho percebido que os independentes passaram a valorizar e praticar os benefícios de qualificação do que sua associação e que a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) oferece como forma de sobrevivência. Há muitas modalidades oferecidas, tais como: apoio jurídico e contábil; redução e otimização de custos financeiros, administrativos e operacionais, que são rateados por todos; o ganho na escala da compra, na garantia da qualidade e procedência de produtos não falsificados.
Ponto de extrema importância também é o acesso às novas tecnologias de ponta e informações tecnológicas, como programas de controles de dados, automação comercial, relatórios financeiros, controle de estoque e curvas de vendas.
Outra melhoria reside na preparação para a competitividade de mercado; na participação em feiras e eventos; acesso a grandes fornecedores com treinamentos e capacitação empresarial e, consequentemente, maiores lucros.
Parabenizo, pois, todos os independentes que entenderam que o futuro é feito de partes que se somam e que juntos podem ser mais fortes. Que venham novos e muitos desafios, agora estão maduros para encarar!