O impacto da IoT e dos wearables na saúde

Tecnologia ajuda no acompanhamento de pacientes, facilitando os tratamentos

Atualmente, existem mais de 300 mil Aplicativos (apps) no mercado de “health tech”. Tendências tecnológicas como a Internet das Coisas (IoT), videoconferência e dispositivos vestíveis (wearables) estão sendo introduzidas para tornar o desejo de ficar em casa mais real.

De acordo com a Gartner, o mercado de wearables tem um crescimento anual estimado de 16,7% e pode atingir US$ 34 bilhões, em 2020. No Brasil, a tendência se confirma, mas ainda a passos lentos. Segundo um recente estudo do Grupo Technos, o consumo anual de relógios inteligentes do brasileiro ainda é quatro vezes menor do que a média mundial de consumo. Por outro lado, a aquisição de smartphones no Brasil é uma das maiores do mundo e o País representa 4,4% de todo o mercado global. Isso mostra uma aderência a tecnologias móveis, mas por enquanto restritas aos telefones inteligentes.

O papel dos dispositivos conectados foi evidenciado com o lançamento do novo relógio inteligente da Apple. A versão mais recente do Apple Watch inclui novos recursos de saúde, como um acelerômetro e um giroscópio, que podem detectar quedas bruscas, e um sensor de frequência cardíaca que pode fazer um eletrocardiograma usando um novo app de ECG.

Reduzir quedas e re-hospitalizações são o grande foco das empresas de saúde. Calcula-se que os gastos decorrentes de quedas e lesões relacionadas a elas custem bilhões de dólares todos os anos e podem crescer para quase US$ 60 bilhões até 2020, de acordo com o HUD.

Muitas outras grandes empresas também estão entrando neste mercado. Por exemplo, a varejista de produtos eletrônicos Best Buy adquiriu a GreatCall, uma empresa que desenvolve smartphones, smartwatches, dispositivos de alerta médico e outras tecnologias de alto nível para apoiar e ampliar a independência de idosos. A Amazon também está explorando apps neste mercado por meio de seu dispositivo Alexa.

Estes dispositivos conectados, os sensores internos e os dados coletados permitem que os indivíduos mantenham suas vidas independentes com um risco muito menor. Hospitais, profissionais e fabricantes de dispositivos para saúde utilizam a IoT para manter os pacientes conectados remotamente aos provedores e serviços de saúde. Ao rastrear os sinais vitais do paciente e os indicadores de seu estado de saúde através de dispositivos, é possível melhorar os resultados, permitindo que os prestadores atendam a mais pacientes, reduzam as visitas hospitalares e diminuam os custos gerais com a saúde.

A ideia é simplificar a gestão de saúde para que o usuário possa continuar vivendo uma vida normal em casa. Em segundo plano, os dispositivos compartilham as leituras com segurança, de modo que qualquer sinal de alerta possa ser captado e qualquer lembrete diário de medicação possa ser enviado proativamente aos pacientes. A tecnologia possibilita não só esse monitoramento, mas também ajuda o usuário a ter uma vida mais saudável, aumentando a expectativa de vida da população.

Foto: Shutterstock

Fonte: Barrett Coakley, Gerente de Marketing de Produtos da ClickSoftware

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Edição 313 - 2018-12-04 Como vender mais em 2019

Essa matéria faz parte da Edição 313 da Revista Guia da Farmácia.