Os primeiros dias de e-commerce e dos pagamentos estavam repletos de desafios. A conectividade era limitada, os pagamentos nem sempre funcionavam, a logística demorava muito e a fraude era difícil de detectar e impedir. Os consumidores não tinham certeza de que as pessoas do outro lado do computador realmente entregariam os produtos e serviços oferecidos. Foi uma época de muitas dúvidas sobre se o comércio on-line era competente ou honesto – em outras palavras, se era confiável.
Nas últimas duas décadas, com a rápida adoção de smartphones e a digitalização global, superamos, em grande parte, as barreiras dos primeiros dias do comércio eletrônico. As tecnologias digitais passaram a rivalizar com a indústria, criaram economias inteiramente novas e transformaram a maneira como trabalhamos, vivemos e consumimos.
O que imagino que acontecerá nos próximos 10 anos? Difícil dizer, pois o mundo evolui de forma exponencial. Mas tenho algumas sugestões que gostaria de dividir com vocês.
Os pagamentos se tornarão cada vez mais invisíveis
Quer um exemplo? Pense na última vez em que você usou um app de mobilidade. Você pagou quando pediu o carro, quando chegou em casa com segurança ou em algum lugar ao longo do caminho? Pois eu também não me lembro…
A engenhosidade humana ajudará a Inteligência Artificial (IA) a entender o conceito de “criatividade”
Não há dúvida de que as empresas envolvidas no comércio de produtos e serviços contam com enormes quantidades de dados e esses dados podem criar diversas oportunidades para novas vendas. Mas essa vantagem só será concretizada se esses lojistas entenderem como coletar esses dados e o que podem fazer com eles. Caso contrário, estaremos diante do que chamamos de “exaustão digital”.
Privacidade e confiança em relação aos dados se tornarão sinônimos
A privacidade é pessoal, o que torna ainda mais imperativo que as empresas comprovem transparência a seus clientes sobre como seus dados estão sendo usados. Em vez de apenas cumprir a lei de privacidade, as companhias não terão escolha a não ser lutar para ganhar a confiança dos clientes, tornando a privacidade uma prioridade.
A digitalização da moeda ajudará a pavimentar o caminho para a inclusão financeira
A digitalização da moeda é apenas uma questão de “se”, não de “quando”. Nesta nova década, a moeda se tornará mais digitalizada e, provavelmente, experimentará maior apoio de fintechs, governos e reguladores.
Porém, o mais importante é que, para que as moedas digitais sejam adotadas pelos consumidores, estes devem sentir que elas são um método seguro e conveniente de se envolver no ecossistema financeiro. Caso contrário, a moeda digital não se tornará tão grande nos próximos anos.
Fonte: Guia da Farmácia
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