O monitoramento da glicemia para os diabéticos

Uma das principais recomendações médicas para pacientes com diabetes é o acompanhamento frequente da glicemia

Para facilitar essa rotina, os monitores são grandes aliados.

“A farmácia é um dos principais canais de vendas de monitores de glicemia. Como o diabetes é uma doença crônica sem cura, é necessário tomar medicamentos e usar glicosímetros, o que acaba tornando os pacientes portadores da doença um grupo de grande frequência nas farmácias”, constata Rodrigues.

Ele indica que esses aparelhos sejam expostos em locais de fácil acesso ao consumidor e, de preferência, junto aos produtos para diabetes. “Os glicosímetros também podem estar perto de produtos nutricionais, por exemplo. Dessa forma, o consumidor terá uma solução mais completa para diabetes”, sugere.

Tão importante quanto a boa exposição, para esta categoria, está o bom atendimento. “O conhecimento sobre o produto por parte dos farmacêuticos e balconistas pode agregar valor no atendimento ao consumidor e, consequentemente, impactar as vendas. Além disso, muitos dos produtos destinados a esse público são de uso contínuo, por isso, o bom atendimento aumenta a chance de fidelizar o consumidor”, justifica Rodrigues.

Tiras e lancetas para monitores de glicemia

Os monitores de glicemia pedem alguns acessórios para o uso, a exemplo das tiras e lancetas. Isso torna esses produtos indispensáveis nas farmácias, que são estratégicas para as vendas da categoria.

“O canal farmacêutico é bastante representativo para o segmento de automonitoramento de glicose no sangue. Não temos dados exatos de sua representatividade, mas fica entre 40-50%”, estima Manoela.

A lucratividade, com eles, também pode ser alta, pois o uso é constante entre os usuários. Manoela estima que os pacientes insulinizados se automonitoram duas vezes por dia, totalizando 60 tiras/mês. Já entre os pacientes não insulinizados, o automonitoramento se dá entre 1,5 vez a duas vezes por semana, alcançando de seis a oito tiras por mês.

“Esses números são uma média, pois o controle também está diretamente relacionado à recomendação do médico e ao tratamento de cada paciente. Para lancetas, recomenda-se que o paciente nunca as reutilize para evitar qualquer tipo de contaminação”, acrescenta.

Para a especialista da Johnson & Johnson, a melhor forma de expor esses produtos é dentro da uma área destinada aos pacientes com diabetes, o que tende a auxiliar a comodidade deste tipo de consumidor. Mas outros modelos podem ser aplicados.

“Independentemente da escolha da loja em expor atrás do balcão ou ao alcance das pessoas, o importante é garantir uma boa visibilidade e bom sortimento desses produtos”, reforça.

Marco histórico

Edição 300 - 2017-11-01 Marco histórico

Essa matéria faz parte da Edição 300 da Revista Guia da Farmácia.