Orientações dos farmacêuticos para idosos hipertensos, diabéticos e obesos

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 40% da população adulta brasileira tem, ao menos, uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT)

Hipertensão

• Nesses casos, as orientações fornecidas podem estar voltadas para o estímulo de mudanças de hábito, como prática de exercícios físicos e controle da dieta com redução de sódio e hidratação.

• Alerte os pacientes que alguns anti-hipertensivos podem levar alguns dias para manutenção e equilíbrio dos efeitos terapêuticos. Por isso, nunca se deve deixá-los de tomar.

• Os farmacêuticos podem, ainda, realizar um acompanhamento de tratamento medicamentoso e monitorização do paciente com hipertensão arterial por meio da aferição de pressão arterial.

• É igualmente importante alertá-los sobre a importância dos horários de tomadas, sendo que alguns medicamentos, como os Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECAS), por exemplo, podem ter alteração dos efeitos se tomados muito próximos às refeições.

Obesidade

• O atendimento clínico ao obeso deve ser direcionado para a monitorização de parâmetros fisiológicos, como aferição de pressão arterial, medição de glicemia e o acompanhamento de seu estilo de vida e rotina alimentar.

• Alerte os pacientes sobre os riscos de uso de substâncias sem a devida comprovação científica e sem prescrição médica para fins de obesidade.

• Caso o paciente faça uso de anorexígenos ou sibutramina, deve-se adverti-los a não ingerir bebidas alcoólicas nos horários próximos, pois os efeitos podem ser devastadores. Avise-os, ainda, que o uso concomitante de sibutramina e antidepressivos (principalmente os inibidores de receptação de serotonina), podem trazer danos importantes.

• Para a adoção de hábitos alimentares saudáveis, aconselhe-os a procurar um nutricionista. Vale, ainda, estimulá-los à prática de atividades físicas.

• Mostre a melhor forma de fazer uso seguro de vitaminas, minerais, produtos naturais ou suplementos que podem contribuir com a gestão do peso.

• Em encontros periódicos, o paciente poderá discutir com o farmacêutico seu progresso e dificuldades, podendo fazer ajustes nos seus hábitos e condutas.

• O farmacêutico pode realizar uma avaliação corporal no paciente, a fim de conhecer altura, peso, índice de massa corporal, circunferência abdominal, pressão arterial, frequência cardíaca,

percentual de massa muscular (massa magra) e gordura corporal (massa gorda).

Diabetes

• O farmacêutico pode atuar, de forma ativa, com atendimento direcionado para a prevenção, a detecção precoce, o acompanhamento de tratamento medicamentoso e a monitorização do paciente diabético por meio da medição da glicemia.

• Vale orientá-los para o estímulo de mudanças de hábito, como prática de exercícios físicos e controle da dieta, hidratação e cumprimento dos horários de tomada dos hipoglicemiantes orais ou insulina.

• Aliás, caso o paciente utilize insulinas, é importante orientálo quanto às graduações nas seringas e nos dispositivos, bem como sobre a forma ideal de aplicação.

• Deve-se ter atenção especial com antidiabéticos orais e seus horários específicos (alguns são tomados após o desjejum).

• É igualmente válido ensiná-los a ter, sempre em mãos, um bombom ou uma bala para casos de hipoglicemia.

• Pode-se, ainda, aconselhá-los a buscar orientação com um nutricionista quanto aos hábitos saudáveis de alimentação.

Hoje, 12,5% da população é constituída por pessoas com 60 anos de idade ou mais. Em 2050, essa porcentagem deve saltar para 29,4. Saiba mais.

As farmácias na adesão ao tratamento

Edição 298 - 2017-09-01 As farmácias na adesão ao tratamento

Essa matéria faz parte da Edição 298 da Revista Guia da Farmácia.

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