Quase 100% da população já se queixou de dores de cabeça
De acordo com a pesquisa A Dor no Cotidiano 2017, realizada por Advil com o apoio do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) Conecta, a maior parte dos entrevistados (82%) disse que o estresse era a principal causa das dores, além da falta de sono (73%). Por isso, o equilíbrio entre a vida pessoal, profissional e familiar, uma boa alimentação, descanso e atividade física adequados são a chave para proteger-se das dores de cabeça.
Apesar disso, 63% dos brasileiros dizem que mudar a sua situação é muito difícil. O excesso de trabalho e estudo (61%) e o trânsito (60%) são outros gatilhos que os entrevistados consideram complicados de modificar.
A vida moderna, sem dúvidas, revela novos responsáveis pelas dores. Ao menos é o que demonstra a pesquisa O futuro da dor de cabeça, realizada por Neosaldina® e conduzida pela WGSN Mindset. Segundo o estudo, cinco gatilhos são os impulsionadores do incômodo:
Ansiedade: cerca de 9,4% da população sofre de ansiedade no Brasil, de acordo com a OMS, sendo o País com mais casos da patologia no mundo.
“O transtorno de ansiedade é marcado por sintomas como a dificuldade de concentração, problemas no sono, preocupação excessiva e uso da alimentação como válvula de escape. Também pode causar dores sem justificativa física, como a própria dor de cabeça”, ensina a psicóloga especialista em cefaleias e doutora pelo departamento de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Juliane Peres Mercante.
Para combater esse cenário, é importante que o paciente invista em interações sociais que proporcionem calma, espaços que propõem a diminuição da ansiedade e técnicas para relaxar e aprimorar a qualidade do sono.
Os vilões da cefaleia
- Desidratação: é necessário ingerir líquidos durante todo o dia.
- Jejum prolongado: comer de duas em duas horas faz a diferença.
- Tensão e nervoso: controlar situações de estresse e ansiedade é fundamental.
- Dormir demais ou de menos: ter horário para dormir e acordar e descansar tempo suficiente são essenciais.
- Bebida alcoólica: exagerar no consumo de álcool pode causar a dor de cabeça.
Fonte: neurologista do Núcleo de Neurologia e Neurociências do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Eduardo Mutarelli
Esgotamento cerebral: em um mundo conectado, o foco torna-se um desafio. Para a diretora da SBC e vice-coordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Célia Roesler, a sobrecarga de informações pode ocasionar esgotamento do cérebro e o aumento do estresse, desencadeando a dor de cabeça. Eles devem ser combatidos por meio de uma aposta em um estilo de vida mais saudável e equilibrado.
A dor da pós-verdade: a busca incessante pelo o que é “real” pode criar momentos de estresse e tensão. Ou seja, cada vez mais, as pessoas tratam fatos como opiniões, descartando aqueles que não gostam.
Autoexigência: o perfeccionismo constante contribui para o aumento da ansiedade na população. Além disso, a população passa a associar o excesso de atividades e a produtividade ao sucesso pessoal e profissional.
“A autoexigência tem relação direta com a alimentação e no fluxo de ‘preciso ser bom em tudo’, o conceito do se alimentar bem é constantemente confundido. Comer saudável contempla consumir o que gostamos e de forma equilibrada. Na falta de algum nutriente, em dietas restritivas ou com o mau funcionamento do intestino e na presença de problemas digestivos, o corpo pode reagir e desencadear uma dor de cabeça”, alerta a nutricionista Marcia Daskal.
Barulho 2.0: os ruídos aumentam exponencialmente e, como consequência, a angústia e o estresse pioram. O barulho pode ocasionar distúrbios de sono, estresse e problemas psicológicos.
A cefaleia está presente em quase toda a população, causando desconforto e incapacitando os acometidos de realizarem suas atividades cotidianas. Ter hábitos saudáveis e não abusar de medicamentos são aliados na prevenção
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