Em um momento de fraco crescimento econômico, o poder de compra dos consumidores tende a cair e prejudicar o segmento de bens de consumo
Mesmo com o encolhimento da atividade econômica, o ano de 2015 será de crescimento para o mercado de saúde. Independentemente do cenário que este ano apresentará, o setor estará no Top 5 dos segmentos que mais crescerão na economia brasileira, segundo conversas com os principais executivos do mercado.
Em um momento de fraco crescimento econômico e com a alta da inflação, uma das primeiras coisas que se comprometem é o poder de compra dos consumidores, atingindo de imediato o segmento de bens de consumo. Assim, as pessoas deixam de comprar o que parece supérfluo, como produtos de higiene e beleza, cosméticos e roupas, porém, não deixarão jamais de comprar medicamentos.
Frente a este cenário, pode-se esperar para 2015 um crescimento da indústria farmacêutica na casa de dois dígitos. Para isso, muitos laboratórios estão trazendo lançamentos de novas moléculas, além do desenvolvimento de drogas de alto custo com foco em tratamentos de doenças específicas, bem como novas vacinas.
Adicionalmente a esse movimento farma, os setores de medical devices, produtos odontológicos e equipamentos médico-hospitalares também têm se mostrado um importante pilar da economia nacional para 2015, uma vez que o Brasil ainda é um país que carece de inovação nos sistemas de saúde.
As empresas do setor estão atravessando um período de consolidação global, seguindo uma ampliação da presença nos mercados emergentes, o que vem refletindo diretamente na indústria brasileira. Um movimento de aquisições e instalação de plantas produtivas vem sendo observado no mercado interno, o que amplia a importância do Brasil nas estratégias globais dessas companhias e crescimento altamente significativo.
Nesse sentido, os executivos que atuam na área de saúde vivem um bom momento profissional e com oportunidades desafiadoras em vista. Temos acompanhado importantes movimentações em posições de liderança e, mesmo em um ano incerto para a economia, muitos dos profissionais ouvidos pela Fesa demonstraram motivação para assumir o risco de mudar de empresa em 2015.
Apesar de muitos empregadores não pretenderem investir em contratações devido à incerteza política e econômica que vivemos, devemos ter um ano fortemente marcado por substituição de profissionais e reposição de importantes posições mais altas.