Pódio farmacêutico

 

Abrafarma destaca as redes de drogarias com maior faturamento e número de lojas do País

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), entidade que reúne as 28 maiores redes de varejo farmacêutico no País, concentradas em 25 empresas, divulgou mais um ranking de desempenho das empresas associadas.

No levantamento realizado pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), que leva em conta a performance obtida pelas redes em 2014, a Raia Drogasil (SP) lidera em faturamento. Em seguida, aparecem as Farmácias Pague Menos (CE), Drogaria São Paulo (SP), Drogarias Pacheco (RJ) e Big Ben/Guararapes (PA), respectivamente.

O estudo elencou os grupos também pelo número de lojas, lista encabeçada novamente pela Raia Drogasil (SP), com as Farmácias Pague Menos (CE) na segunda colocação, a Drogaria São Paulo (SP) na terceira, Drogarias Pacheco (RJ) na quarta e Panvel (RS) em quinto lugar.

Quando analisados em grupos farmacêuticos, a Raia Drogasil (SP) também lidera o ranking de faturamento, seguida por Drogarias Pacheco São Paulo (DPSP), Farmácias Pague Menos (CE), BR Pharma e Drogaria Araújo (MG).

Entre os grupos, o ranking pelo número de lojas tem nos cinco primeiros lugares, respectivamente, Raia Drogasil (SP), Drogarias Pacheco São Paulo, Farmácias Pague Menos (CE), BR Pharma e Panvel (RS).

Comparativo anual

O ranking não apresentou mudanças significativas em comparação ao ano passado. Já em 2013, a Raia Drogasil ocupava a primeira posição, seguida pelo grupo formado pelas Drogarias Pacheco São Paulo (DPSP), com a Pague Menos em terceiro lugar. A ausência de mudanças pode ser explicada pela consolidação de movimentos de fusões e aquisições presentes no setor há alguns anos.

Passado esse período de turbulências e adaptações, em que alternâncias de posições eram mais comuns, o mercado agora se encontra em uma fase de acomodação, com poucas mudanças. “Esse ranking reflete o momento que estamos vivendo. O mercado é como uma escada, tem uma fase de crescimento e depois de estabilidade. Geralmente, quem faz uma aquisição, passa por um processo de fusão ou muda o status acionário, enfrenta um período de adequação, de ajustes de processos internos. Estamos nesta fase agora”, relata o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.

Antes desse assentamento, o ranking também era estático, mas as primeiras colocações tinham outros protagonistas. Drogaria São Paulo e Pague Menos disputavam o primeiro lugar, com a Droga Raia logo atrás. “Com a fusão Raia Drogasil, o cenário mudou totalmente e o grupo assumiu a liderança. Já a Pague Menos caiu para terceiro com a união da Drogaria Pacheco e Drogaria São Paulo. No meio de campo, presenciamos as aquisições da BR Pharma, que catapultou a empresa para uma posição de muito mais destaque”, descreve Mena Barreto.

Futuro incerto

Uma nova movimentação no ranking deve ser observada quando o processo de internacionalização do varejo farmacêutico se iniciar. Especulações dão conta de que isso não deve tardar a acontecer. A CVS, que já está presente no País, com 80% do controle da Onofre, tem mantido negociações com o grupo DPSP, enquanto a Brasil Pharma, braço de varejo de farmácias do banco BTG Pactual, estaria em busca de compradores de alguns ativos, a fim de gerar caixa e recuperar o negócio.

Além das especulações de bastidores, a expansão de empresas para além de suas fronteiras é uma tendência global. E o Brasil não está de fora dos interesses estrangeiros. Há três anos, apenas 12 das Top 250 varejistas do mundo atuavam em solo brasileiro. Em 2014, esse número passou a ser de 35 empresas – mais que o dobro, de acordo com o último relatório da Deloitte. 

Captura de Tela 2015-06-12 as 09.59.11

Captura de Tela 2015-06-12 as 10.04.47

Economia e o varejo

Edição 270 - 2015-05-01 Economia e o varejo

Essa matéria faz parte da Edição 270 da Revista Guia da Farmácia.

Deixe um comentário