Tenho certeza de que terminamos 2020 como o ano mais “sui generis” vivido pelas gerações até aqui presentes. Tudo sofreu alteração no mundo: política, economia, vida familiar, profissional e até a mortalidade, com cerca de 170 mil óbitos no Brasil.
O que podemos esperar desse ano? Prefiro olhar para 2021 com a esperança de que as coisas avancem, que o Brasil se torne mais amável, civilizado, educado, com menor diferença social e que a economia, especialmente o varejo, possa seguir como protagonista na retomada.
A atitude para tantos desafios não é fácil, mas tudo aponta para uma saída menos mágica e mais responsável por parte de cada um de nós. Vejamos os dados do fechamento de 2020.
No Brasil, existiram mais de 1,6 milhão de vagas não preenchidas por falta de capacitação técnica, não me refiro à graduação universitária e, sim, à educação básica, isto é, ensino médio. Entre os problemas, estão dificuldade de se expressar na leitura e escrita, fazer cálculos e conhecimentos básicos em informática. Segundo o Sistema Nacional de Emprego, mais de 800 mil vagas foram oferecidas e só 37% preenchidas! Sobram postos de trabalho e falta qualificação aos pretendentes.
Minha visão é de que, se as empresas, o governo e os indivíduos não buscarem qualificação, continuaremos num País só de esperança e não de conquistas.
Por que investir em capacitação para ter bons profissionais neste ano?
Pesquisas do Gartner revelaram que, de 80% da força de trabalho, 92% dos gerentes e 77% dos líderes se sentem mal preparados para o futuro. Para atender a esta demanda com sucesso, é preciso apostar em atualização constante! Todos temos o desafio da requalificação e a necessidade de conhecer protocolos, estratégias diferenciadas e ferramentas atuais, para orientarmos as equipes, sejam elas administrativas ou do ponto de venda (PDV).
Que ferramentas mínimas usar?
Gerenciamento de aprendizagem: permite a criação ou obtenção de cursos on-line, com o gerenciamento da convocação dos participantes e acompanhamento do desempenho, garantindo maior controle dos processos.
Desenvolvimento de conteúdo desejável: as plataformas de e-learning permitem a utilização integrada de arquivos de texto, som e imagem, em um só lugar, facilitando o acesso do treinador e treinado às informações.
Programas de videoaula: recursos que trazem dinamismo e criatividade aos treinamentos, despertando o interesse e facilitando a absorção dos conteúdos.
Redes sociais: funcionam também como ferramentas de aprendizagem. É possível criar grupos de discussão, compartilhar materiais educativos de diferentes formatos e, principalmente, estimular a integração dos participantes.
Dois mil e vinte e um só será melhor se investirmos em capacitação em todos os níveis para obter, consequentemente, maior produtividade. Que venha 2021, com resultados positivos e muita saúde!
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