Saiba mais sobre as Imunodeficiências Adquiridas

Quando há uma redução na função do sistema imunológico, o corpo fica mais suscetível a infecções bacterianas e virais.

Quando há uma redução na função do sistema imunológico, o corpo fica mais suscetível a infecções bacterianas e virais e há um desequilíbrio e um descontrole de funções que vigiam células tumorais e anticorpos. A redução dessa vigilância imunológica leva à baixa imunidade.

“Esse quadro pode ocorrer por diversos fatores, desde doenças, crônicas ou passageiras, como a AIDS, distúrbios do sono ou casos de depressão e ansiedade que também podem afetar o sistema imunológico”, diz a Dra. Nathália, do Hospital Samaritano de São Paulo.

Além disso, sintomas, como cansaço, resfriados e infecções frequentes, como herpes, alterações cutâneas, gastrointestinais e baixa vitalidade estão relacionados à baixa imunidade.

“Em algum momento, a imunidade pode se alterar, seja por estresse intenso, por erros alimentares, toxinas ambientais, fumo, radiação, obesidade e doenças crônicas, principalmente se não controladas”, diz o Dr. Debski.

Situações como dietas pobres em nutrientes, treino físico excessivo, desnutrição, falta de vitaminas e micronutrientes também podem interferir na resposta imune.

“O sistema imune tem um ajuste fino e a medicina ainda não conhece o funcionamento do mecanismo de todos os gatilhos que podem derrubar a imunidade, o estresse é um destes casos”, comenta a Dra. Cristina Maria.

A baixa imunidade, também chamada de imunodeficiência, pode ser primária (congênita) ou adquirida e o corpo emite sinais de alerta, mostrando a necessidade em se investigar a fundo o que está acontecendo.

“No caso da imunodeficiência primária, alguns desses sinais são: duas pneumonias ou oito novas otites no último ano, estomatites de repetição por mais de dois meses, um episódio de infecção sistêmica grave, como meningite, osteoartrite, e septicemia, entre outros”, diz a Dra. Veridiana. 

Segundo ela, a imunidade pode ser determinada pela contagem de células de defesa, anticorpos e a avaliação do bom funcionamento destes. “Na grande maioria das vezes, os pacientes encaminhados por baixa imunidade apresentam exames normais”, afirma.

A médica ainda esclarece que as imunodeficiências primárias ocorrem por defeitos genéticos que aumentam a susceptibilidade a infecções. “Já as imunodeficiências adquiridas devem-se a infecções virais, como o HIV, desnutrição, uso de medicamentos, como quimioterápicos, imunossupressores, e doenças malignas, como o câncer, por exemplo”, completa.

No Brasil, a frequência das imunodeficiências primárias varia muito. De acordo com a Dra. Veridiana, acredita-se que um a cada dois mil nascidos vivos apresentem algum tipo de imunodeficiência congênita.

O defeito mais comum e mais leve que é a deficiência seletiva de IgA, que pode ocorrer em um a cada quinhentos indivíduos. Por outro lado, há defeitos que – se estima – aconteçam em uma a cada cem mil pessoas, enquadrando-se no grupo de doenças raras.

“Na verdade, a frequência com que acontecem essas doenças não é conhecida com exatidão, pois, por desconhecimento dos profissionais de saúde e da população em geral, a maioria dos casos não é diagnosticada”, comenta a imunologista da Asbai.

Ela acrescenta ainda que a maioria dos casos de imunodeficiência primária manifesta-se na infância. “Algumas imunodeficiências podem iniciar sintomas na idade adulta, principalmente a Imunodeficiência Comum Variável, que é um defeito de produção de anticorpos”, diz.

Para tratar a imunodeficiência primária, há diferentes recursos terapêuticos aplicáveis, entre eles, a reposição de imunoglobulina humana e outros imunobiológicos, o uso de antibióticos preventivos e o transplante de células hematopoiéticas (medula óssea ou cordão umbilical).

“A melhor forma de evitar as imunodeficiências adquiridas é a prevenção, com alimentação adequada, uso de preservativos, não usar drogas injetáveis, exames periódicos para detecção precoce de câncer, etc.”, afirma a Dra. Veridiana. 

Sempre alerta, o sistema imune protege o organismo humano do ataque de bactérias e vírus que podem causar doenças, prejudicando a saúde do indivíduo, saiba mais.

 

Foto: Shutterstock

 

Pesquisas farmacêuticas

Edição 295 - 2017-06-01 Pesquisas farmacêuticas

Essa matéria faz parte da Edição 295 da Revista Guia da Farmácia.

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