Sexo é saudável e faz parte da vida adulta, mas deve ser feito com segurança. E é por isso que a procura por preservativos, as famosas camisinhas, cresce nos meses mais quentes do ano. A época de férias e, logo depois, o carnaval, são um prato cheio para os casais que se permitem curtir algumas aventuras.
“O clima descontraído trazido pelas festas de fim de ano e as férias acaba sendo propício para viver novas e libertadoras experiências. Por este motivo, especificamente nesta época do ano, assim como no carnaval, o número de casais que aderem à pratica do sexo casual acaba sendo maior e, consequentemente, a demanda por preservativos aumenta”, comenta o gerente de marketing LATAM da DKT International, Francisco Angelo.
Nos meses de janeiro, fevereiro e março, há um aumento em volume de um milhão de preservativos, de acordo com a Nielsen Retail 2.0. Além disso, as campanhas governamentais se concentram na época de férias e carnaval e a maior parte da distribuição gratuita de preservativos é feita nesta época.
Entre os preservativos mais comuns no mundo, a gerente de marketing da Blowtex, Verônica Garcia, cita os tradicionais, que são apenas lubrificados; os com benzocaína, que retardam a ejaculação; os que esquentam ou esfriam; e os com sabor e aroma. Mas o segmento que mais cresce na categoria é o ultrafino.
“O mercado de preservativos no Brasil, assim como no mundo, oferece uma vasta gama de opções de tipos de produtos, modelos, dimensões, materiais e preços. Cada tipo de preservativo atende a um perfil específico de pessoa e, por isso, há uma enorme variedade de produtos no mercado. Existem aqueles líderes de vendas unitárias, mas isto não significa que eles sejam os mais desejados pelos usuários, pois na hora ‘H’ utiliza-se o que se tem disponível ou o que o bolso do usuário pode arcar naquele momento”, ressalta o gerente de marketing da Blau Farmacêutica, Moacir Sánchez.
Já existem, por exemplo, preservativos com texturas estimulantes, como pontilhadas ou onduladas, que intensificam ainda mais a sensibilidade durante o sexo, e outros com formato anatômico, que se adaptam melhor ao corpo do homem, tornando o uso do preservativo mais confortável para o casal.
É possível oferecer ao consumidor, também, camisinhas com dimensão e tamanho maiores, produtos que podem ser utilizados por pessoas que tenham alergia ao látex e outros com cores, odores e sabores diferenciados, que se prestam mais como fator de recreação ao casal, sem trazer benefícios específicos.
Para exemplificar a gama de preservativos disponíveis no mercado, a gerente de trade marketing da DKT International, Camila Galliera, conta como os produtos são classificados na empresa. “Os preservativos são divididos em quatro diferentes linhas: Diversão, composta por diferentes cores e sabores; Tamanhos, para quem busca opções um pouco maiores do que as tradicionais; Texturizados, oferecendo uma vasta gama de texturas capazes de agradar a todos os gostos; e Sensações, para aguçar ainda mais os sentidos e intensificar o prazer, além do modelo clássico, que dispensa apresentações.”
No ponto de venda
O aumento das vendas não está ligado somente à sazonalidade, mas à exposição correta para que o consumidor encontre o produto facilmente e se sinta à vontade para comprá-lo. De acordo com Verônica, da Blowtex, os itens devem estar organizados por marca e depois por tipo.
“Os produtos que mais vendem, que são os preservativos tradicionais lubrificados, devem estar bem expostos. Os com sabor também são representativos e devem ser expostos em seguida. Os itens com maior valor agregado, trazendo diferenciais, como hot e texturizados, seguem na exposição. Produtos bem expostos, gôndolas abastecidas e material de apoio na exposição ajudam no giro e no aumento das vendas”, completa ela.
Outra boa opção, segundo a executiva da DKT, é apostar no cross-merchandising, deixando os preservativos expostos próximos aos outros produtos que também costumam ser buscados pelos consumidores nesta época do ano. São exemplos: balas, chicletes, géis lubrificantes, lenços umedecidos e produtos de higiene pessoal em geral.
É bastante interessante manter pontos diferenciados de venda para este tipo de produto, pois, apesar de as pessoas terem cada vez mais liberdade, ainda existe uma ponta de vergonha ou receio de observação crítica por parte de terceiros.
“As pontas de gôndola ou display de caixa são lugares bastante procurados, porém de um custo alto para um tipo de produto que oferece uma margem bastante apertada e pequena rentabilidade. Para as empresas que podem arcar com este custo, estas opções são sempre uma boa estratégia”, frisa Sánchez, da Blau.
Também é importante que a gôndola esteja bem organizada para que seja mais fácil e menos constrangedor para o consumidor escolher o produto que deseja. A farmácia deve oferecer a concentração de marcas, tipos e preços em uma área, facilitando para que o cliente encontre seu produto favorito e possa observar as novidades em lançamentos de forma discreta e rápida.
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