Segurança para farmácias

O mercado de seguros está olhando, cada vez mais, para o varejo farmacêutico. A criação de coberturas específicas para o segmento busca lojas e profissionais 100% assegurados

Problemas acontecem. Ainda que haja todo o cuidado e zelo, imprevistos podem trazer consequências financeiras e em todo o negócio do varejista. As farmácias não estão fora desse perigo e a expansão de novos estabelecimentos fez com que o mercado de seguros olhasse com atenção para o varejo farmacêutico.

Ter um seguro empresarial impede o proprietário de sofrer impactos financeiros relevantes quando eventos inesperados acontecem. Em comparação ao gasto da maior parte desses imprevistos, o investimento para adquirir uma apólice é bastante pequeno. De acordo com o gerente de seguros PME da AIG Brasil, Cristian Achurra, a contratação de um seguro com cobertura média tem tíquete médio anual entre, aproximadamente, R$ 1.000 e R$ 1.400.

Para o executivo, o grande foco dos seguros que estão sendo criados são as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Isso porque as grandes redes de farmácias têm outras necessidades, que demandam apólices ainda mais completas e abrangentes.

“Temos acompanhado essa tendência e pensado em maneiras de atendê-la de acordo com a exigência. O pequeno e médio empresário têm profissionalizado seu negócio, e um aspecto importante é saber mitigar os diversos riscos envolvidos. É justamente aí que entram as diferentes modalidades de seguros que são decisivas para continuidade da operação em caso de um sinistro”, comenta Achurra.

Cobertura total ou parcial

Os seguros básicos para estabelecimentos comerciais cobrem, normalmente, incêndios, raios e explosões. O produto pode cobrir, ainda, roubos, tumultos, vendavais, equipamentos quebrados, responsabilidade civil, quedas de vidros, entre uma infinidade de outras possibilidades.

“O segurado conta, ainda, com serviços dos planos de Assistência 24 horas, podendo acionar chaveiro, cobertura provisória de telhados, vidraceiro, limpeza do imóvel, reparo em rede de telefonia e substituição de telhas”, comenta o vice-presidente de Auto e Massificados da SulAmérica, Eduardo Dal Ri.

Há, ainda, serviços de Descarte Responsável, serviço de coleta para separação e reciclagem de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis que não são mais utilizados, dando destino certo a esses objetos sem agredir o meio ambiente.

Porém, essas coberturas gerais não são o suficiente para que o varejista farmacêutico esteja completamente seguro caso aconteça algo em sua loja. Achurra explica que existem coberturas específicas para o mercado farmacêutico. “É o caso do seguro contra erro na aplicação de curativos e/ou injeções, importante para as farmácias com serviços clínicos ou a segurança em caso de erros na preparação e entrega de medicamentos”, diz.

Coberturas pensadas no canal farma

• Erro no aviamento de receitas médicas.

• Erro na aplicação de curativos e/ou injeções.

• Erro na preparação, no acondicionamento ou na entrega de medicamentos.

• Deterioração de vacinas e medicamentos em geladeiras.

Fontes: gerente de seguros PME da AIG Brasil, Cristian Achurra; e vice-presidente de Auto e Massificados da SulAmérica, Eduardo Dal Ri

A cobertura de Responsabilidade Civil pensada no segmento da SulAmérica cobre danos involuntários, sejam eles materiais ou corporais, causados aos clientes dentro do estabelecimento e falhas que venham a ser cometidas pelo farmacêutico, tais como troca de medicamentos, erro na leitura de receitas e eventuais problemas causados pela aplicação de injeções ou curativos.

“A deterioração de vacinas e medicamentos em geladeiras também pode ser segurada, bem como quebra de vidros, mármores, granitos, roubo de valores e bens no estabelecimento, além de danos elétricos”, exemplifica Dal Ri.

Segundo ele, o cliente se informa muito mais sobre os seus direitos do que em outras épocas e sabe que, em caso de sofrer algum problema dentro de uma farmácia ou drogaria, pode recorrer à Justiça para ser indenizado com grandes chances de ser ressarcido. Dependendo do pagamento estipulado, podem haver prejuízos financeiros significativos que podem levar até o risco de descontinuidade do negócio.

“A venda de seguros para drogarias é uma das que mais crescem na SulAmérica. Observamos o mercado farma com muita atenção, tendo em vista que é um dos setores da economia com boas perspectivas de manter o seu constante crescimento”, frisa o executivo da SulAmérica.

Diretamente com o profissional

Não somente a farmácia pode estar assegurada contra problemas, mas o farmacêutico também. O healthcare liabity manager da AIG Seguros, Daniel Lamboy, classifica os profissionais como aqueles que não manipulam medicamentos e os que manipulam – que têm mais chances de ter falha evidente.

No caso do Seguro de Responsabilidade Civil Profissional na área de Saúde, criado pela AIG, o profissional de saúde se protege de possíveis erros, como o fornecimento e aplicação de injeções, recomendações de medicamentos errados ou na entrega do medicamento incorretos, por exemplo.

Ou seja, ainda que as coberturas do colaborador e da farmácia sejam bastante parecidas, o profissional tem a chance de se proteger de possíveis erros de sua profissão ainda que a empresa não o faça.

“Além do seguro básico e o de responsabilidade civil, a SulAmérica percebe que pode oferecer outras soluções tanto para os empresários quanto aos funcionários desses estabelecimentos, com produtos, como seguro de acidentes pessoais e doenças, seguro de proteção de renda, de vida e previdência empresarial, entre outros”, complementa Dal Ri.

Foto: Shutterstock

Novo ano em vista

Edição 301 - 2017-12-01 Novo ano em vista

Essa matéria faz parte da Edição 301 da Revista Guia da Farmácia.