A vitamina D, diferente do que muitos imaginam, não se caracteriza apenas como uma molécula química e, sim, por um conjunto de moléculas com base estrutural no colesterol. As principais fontes são alimentos e uma reação iniciada pela exposição da pele à radiação UVB.
Apesar de a sua função estar associada à mineralização óssea, seu efeito modulador do sistema imunológico é o que tem despertado interesse nos últimos meses, fato associado principalmente à pandemia pela Covid-19.
Não é de agora que o efeito imunomodulador da vitamina D sobre várias células de defesa do organismo é estudada e que sua deficiência está associada a um aumento do risco de várias doenças. Diversos estudos mostram como a vitamina D pode reduzir o risco de infecções microbianas e virais, principalmente o resfriado comum.
Baseado nesses achados científicos, é de se esperar que a vitamina D possa proporcionar redução do risco de infecção pela Covid-19 ou auxiliar o sistema imunológico a combater este agente infeccioso ou os seus efeitos no organismo.
Um estudo de coorte publicado no Journal of the American Medical Association – JAMA avaliou se o nível de vitamina D de pacientes medidos no ano anterior ao teste pela Covid-19 estava associado aos resultados para este patógeno.
Neste estudo, os grupos foram divididos em dois: um deles classificado com deficiência de vitamina D (<20 ng/mL) e outro sem deficiência (> 20 ng/mL). Os resultados vão de encontro àquilo que as meta-análises indicam, o risco relativo para teste positivo ao Covid-19 foi 1,77 vezes maior em pacientes com deficiência de vitamina D. Assim como outros estudos, a conclusão não pode ser precipitada e estudos mais aprofundados são necessários.
Porém, é inegável que a vitamina D é essencial para um ótimo funcionamento do sistema imunológico. E que a suplementação é necessária em indíviduos com níveis inferiores a 10 ng/mL, sendo que o uso diário de 400 a 2.000 UI/dia pode elevar os níveis plasmáticos.
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