A Eli Lilly and Co. disse recentemente que dados provisórios de testes mostraram que seu medicamento experimental de anticorpos diminuiu a necessidade de hospitalização e de visitas ao pronto-socorro de pacientes com Covid-19 moderada.
O estudo de estágio intermediário da farmacêutica testou três doses diferentes do LY-CoV555, um tratamento de anticorpos concebido para reconhecer e se atrelar ao novo coronavírus, com isso impedindo que a infecção se espalhe.
Analistas acreditam, portanto, que os tratamentos de anticorpos podem ajudar alguns pacientes, já que a distribuição ampla de candidatas a vacina contra o coronavírus deve ser demorada.
União das farmacêuticas
Muitas empresas, como Regeneron Pharmaceuticals Inc. e Vir Biotechnology, também estão testando tratamentos de anticorpos contra a Covid-19.
Tais remédios são, assim, os primeiros a ser criados especificamente para combater a doença causada pelo coronavírus.
Do total de 302 pacientes tratados com três doses diferentes do LY-CoV555, cinco deles, ou 1,7%, tiveram de ser internados ou visitar um pronto-socorro — com o placebo, foram nove de 150, ou 6%, disse a Lilly.
Só a segunda dose de 2.800 miligramas atingiu o principal objetivo do teste, que era reduzir a carga viral detectada em pacientes na comparação com um placebo 11 dias após o tratamento, informou a Lilly.
Esclarecimentos
Não se relatou nenhum efeito colateral grave nem mortes no teste.
A Lilly disse que, desse modo, espera publicar os resultados da análise preliminar em um periódico submetido ao crivo da comunidade científica e debater os próximos passos apropriados com agências reguladoras globais.
A farmacêutica disse, no entanto, que o teste em andamento já recrutou 800 pacientes com casos de covid-19 entre branda e moderada.
Além disso, o estudo também está testando o LY-CoV555 combinada com outro tratamento de anticorpos, o LY-CoV016.
Os anticorpos, administrados por infusão intravenosa, também estão sendo testados para evitar a covid-19 em moradores e funcionários de instalações de cuidados de saúde de longo prazo e para tratar pacientes já hospitalizados por causa da covid-19.
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Fonte: Exame