Merck concede patentes nos EUA para a tecnologia base CRISPR-Cas9

O setor de ciências biológicas licenciou ativamente sua tecnologia CRISPR-Cas9 para usos terapêuticos e outros

A Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, anunciou hoje que duas de suas patentes de edição de genoma assistida por CRISPR-Cas9 foram autorizadas nos Estados Unidos. Essas autorizações oferecem à Merck a oportunidade de apoiar cientistas e pesquisadores norte-americanos em seu trabalho para promover e proteger os programas de desenvolvimento de terapia genética. A empresa está em discussões ativas para licenciar sua tecnologia base para usos terapêuticos e outros e está buscando parceiros para colaborar na pesquisa e no desenvolvimento de produtos.

Sendo a principal inovadora da tecnologia de edição de genoma CRISPR, a Merck licenciará essa tecnologia para garantir que todo o potencial da ferramenta seja alcançado de forma ética e responsável.

“Trata-se de uma notícia importante para os pesquisadores, pois a clivagem e integração de DNA baseada em CRISPR são fundamentais para muitos usos de edição de genoma e podem ser usadas para desenvolver terapias personalizadas”, disse Udit Batra, integrante do conselho executivo da Merck e diretor executivo da área de ciências biológicas. “Sendo a principal inovadora da tecnologia CRISPR, nós a licenciaremos para garantir que todo o potencial dessa poderosa ferramenta seja alcançado, de forma responsável e ética, em toda a comunidade científica. Esperamos continuar nosso trabalho com parceiros acadêmicos e industriais para oferecer o melhor das nossas inovações coletivas para combater as doenças mais difíceis e melhorar a saúde humana”.

CRISPR-Cas9

Essas autorizações mais recentes englobam a tecnologia de clivagem e integração CRISPR-Cas9 da Merck, que permite que os pesquisadores substituam mutações associadas à doença por uma sequência benéfica ou funcional, ou excluam as mutações comumente chamadas de knock-in e knock-out, que são métodos essenciais para a criação de modelos de doenças e o desenvolvimento de terapia de genes.

Essas concessões marcam a 25ª e a 26ª patentes CRISPR no mundo pertencentes à Merck e a terceira e quarta nos EUA. A empresa tem patentes CRISPR concedidas na Austrália, no Canadá, na China, Europa, em Israel, Cingapura e na Coreia do Sul com pedidos de patentes relacionados no Brasil, na Índia e no Japão.

A tecnologia CRISPR é uma competência base da Merck, que tem 16 anos de experiência em edição de genoma, desde a descoberta até a fabricação. A empresa desenvolve tecnologias em diversos usos de edição de genoma, incluindo knock-out de genes, integração de genes e bibliotecas CRISPR para triagens genéticas. A Merck recebeu sua primeira patente norte-americana em fevereiro de 2019 pela tecnologia proxy-CRISPR, que torna a edição do genoma mais eficiente, flexível e específica.

A empresa considera que agora é a hora de os principais interessados na propriedade intelectual da CRISPR se unirem para simplificar o acesso à tecnologia para as empresas que conduzem pesquisas baseadas nessa tecnologia por meio de contratos de conjunto de patentes. A Merck e o The Broad Institute anunciaram um contrato de colaboração para o licenciamento de patentes CRISPR em julho de 2019.

Avanços nas pesquisas biológicas

A empresa reconhece que a edição de genoma resultou em grandes avanços na pesquisa biológica e na medicina. Ao mesmo tempo, o crescente potencial das tecnologias de edição de genoma originou preocupações científicas, legais e sociais. A empresa apoia a pesquisa com edição de genoma sob cuidadosa consideração dos padrões éticos e legais. A Merck estabeleceu um Painel Consultivo de Bioética externo e independente, para fornecer orientações para pesquisas, nas quais seus negócios estão envolvidos, entre eles, o uso de edição de genoma ou pesquisa sobre o assunto, além de ter desenvolvido, definido e publicado, de forma transparente, um claro princípio de tecnologia de edição de genoma, levando em conta questões científicas e sociais, para informar abordagens terapêuticas promissoras para uso em pesquisa.

Foto e fonte: Merck

 

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