Merck obtém mais sete patentes da CRISPR

Órgãos de patente internacional emitiram sete concessões adicionais para a tecnologia CRISPR de edição de genoma da farmacêutica Merck, que já possui 20 patentes concedidas

A Merck, uma das principais empresas de ciência e tecnologia, anunciou que órgãos de propriedade intelectual na Europa, Israel, Coréia do Sul e Reino Unido emitiram notificações formais sobre a aprovação de requerimentos de mais sete patentes da Merck, cobrindo a tecnologia CRISPR de edição genética. Dessa forma, elevando o número de patentes para 20 mundialmente.

“É encorajador ver esse importante acervo de trabalho científico reconhecido com as concessões dessas últimas patentes da CRISPR.” Isto é o que afirmou o membro do conselho executivo da Merck e presidente-executivo da Life Science, Udit Batra. “Nossa ambição é continuar a aumentar nosso portfólio de propriedade intelectual da CRISPR, com tecnologias tais como nickases Cas9 emparelhadas. Dessa forma, buscando reduzir os efeitos fora do alvo. Outro objetivo é em relação ao proxy-CRISPR, que oferece aos pesquisadores mais opções experimentais para acelerar o desenvolvimento de drogas e acesso a novas terapias”.

Novas patentes da CRISPR da Merck

O Órgão de Patentes Europeu recebeu a concessão de patentes para os vetores para integração da CRISPR. Os pedidos recém-aprovados cobrem composições de vetores para dar suporte à administração e expressão da CRISPR em células eucarióticas. Assim, incluindo métodos de administração viral, usados em pesquisa do câncer (lentivírus) e aplicações terapêuticas humanas – vírus adeno-associado (AAV – adeno-associated virus).

Além disso, o órgão também recebeu a patente para a tecnologia proxy-CRISPR, que viabiliza acesso para modificar regiões genômicas difíceis de atingir, expandindo as opções de projeto da CRISPR. Esse método também possibilita uma redução dos efeitos fora do alvo. E a patente para a Endonuclease guiada por ácido ribonucleico (RNA) criada por engenharia e complexos proteína-RNA.

Esses dois recém-aprovados conjuntos de pedidos cobrem composições que podem ser usadas para knock-in de gene e knock-out de gene.

O Órgão de propriedade intelectual de Israel recebeu a concessão de patente para a Tecnologia de nickase emparelhada. Assim, reduzindo os efeitos fora de alvo. Nickases emparelhadas representam um passo significativo para aumentar a segurança da edição do genoma.

Já o Órgão de propriedade intelectual da Coreia do Sul recebeu concessão de patente para a Tecnologia de nickase emparelhada. E o Órgão de propriedade intelectual do Reino Unido recebeu a concessão de patente para aTecnologia de proxy-CRISPR.

Patentes da Merck

Além da Europa, Israel, Reino Unido e Coréia do Sul, a Merck tem patentes relacionadas à CRISPR em outros países. Alguns desses países são: EUA, Canadá, Austrália, China e Cingapura. A empresa recebeu sua primeira patente fundamental na Austrália, que cobriu a integração da CRISPR, em 2017. Além disso, a empresa também recebeu a primeira patente da CRISPR nos EUA para a proxy-CRISPR, em 2019.

Antes disso, a Merck obteve patentes diferentes da CRISPR na Europa, em 2017, e na Coreia do Sul e Israel, em 2018.

Estrutura de licenciamento da CRISPR da Merck

Em 18 de julho de 2019, a Merck anunciou uma estrutura de licenciamento da CRISPR com o Broad Institute do MIT and Harvard. Assim, com o objetivo de oferecer licenças não exclusivas à propriedade intelectual da CRISPR, sob seu controle respectivo. Dessa forma, sendo usada em pesquisas comerciais e no desenvolvimento de produtos. Essa nova estrutura visa simplificar e acelerar o acesso científico à propriedade intelectual da CRISPR.

Em 19 de julho de 2019, a Merck protocolou uma petição no Escritório de Patentes e Marcas Comerciais dos EUA, requerendo um procedimento de interferência entre as patentes da CRISPR-Cas9 que a empresa pediu em 2012 e as patentes que a Universidade da Califórnia em Berkeley requereu ou lhe foram concedidas.

Foto: Shutterstock
Fonte: Portal Fator Brasil

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