Parceria com a Embrapii contribuirá para o fim da dependência externa na produção de medicamentos ao SUS
Mais inovação e independência na produção de medicamentos como fármacos e biofármacos para o Sistema Único de Saúde (SUS) serão incentivadas por uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS)e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Com o investimento de R$ 20 milhões, serão credenciados quatro novos grupos de pesquisa para o desenvolvimento nacional de fármacos e biofármacos realizados em parceria com a indústria.
Por meio de uma chamada pública lançada em cerimônia na última quarta-feira (21), os grupos de pesquisa selecionados serão credenciados, então, como Unidades Embrapii.
E, dessa maneira, poderão também inovar com as empresas do setor farmoquímico.
Dessa maneira, a iniciativa deve alavancar recursos privados em inovação, uma vez que o modelo de atuação prevê o investimento do setor empresarial.
Todavia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância de desenvolver uma indústria flexível e também autônoma de pressões externas para gerar soluções brasileiras na área.
De acordo com ele, o Brasil passou, então, a importar mais produtos de saúde nos últimos anos.
O valor aumentou 10%. Foi de US$ 12,3 bilhões em 2015 para US$ 13,7 bilhões em 2020.
“Temos que desenvolver no Brasil um forte complexo industrial de saúde. O nosso país deu um passo gigante ao criar o Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988. Trata-se do maior sistema de acesso universal, integral e gratuito do mundo e isso não pode existir sem que tenhamos um desenvolvimento do complexo de indústrias que produzam insumos de saúde”, disse Queiroga.
A ação é estratégica para o Ministério que investe fortemente em pesquisa e tecnologia em áreas fundamentais do sistema de saúde.
Independência industrial
O ministro Queiroga reforçou que esta é a orientação do presidente Jair Bolsonaro: ser independente, gerar emprego e renda.
“Nosso objetivo é que o Brasil se consolide como um grande líder nas Américas e no mundo. Reforço o compromisso perene do Ministério com o investimento na pesquisa e o fortalecimento do SUS”, disse.
Na cerimônia, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), Hélio Angotti, ressaltou que o SUS é dinâmico e que por isso segue em busca de aprimoramento.
“Os investimentos em saúde e pesquisa seguem fortes no Brasil por intermédio dos Ministérios e são uma prioridade para o nosso governo. A crise nos força a buscar inovações e transformações. Nessa busca, nunca é demais reforçar a importância do nosso complexo de indústrias que geram emprego e renda”, afirmou.
Para se inscreverem na seleção da produção de fármacos e biofármacos, os grupos devem atuar em pelo menos uma das seguintes áreas:
- Descoberta de novas moléculas e princípios ativos, desenvolvimento de IFA, biologia molecular aplicada a produtos terapêuticos.
- Anticorpos monoclonais, proteínas terapêuticas.
- Kits diagnósticos..
- Sistemas de liberação controlada de fármacos.
- Implantes incorporados com fármacos.
- Manufatura aditiva de produtos para saúde incorporados com fármacos.
- Ensaios pré-clínicos.
- Ensaios clínicos fase I.
- Produção de hemoderivados.
Fonte: Ministério da Saúde
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