A venda medicamentos é uma das principais finalidades das farmácias e drogarias, mas os serviços prestados pelos profissionais do varejo farmacêutico extrapolaram, especialmente ao longo dos dois últimos anos, esse propósito básico. Por meio dos hubs especializados integrados às farmácias, o segmento vem oferecendo serviços como testes rápidos, vacinação, check-ups e acompanhamento de doenças como diabetes de hipertensão, essa última responsável por 35% dos casos da doença no país, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.
A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) vem fortalecendo a ampliação de uma rede básica de saúde dentro dos estabelecimentos, que atualmente conta mais de 4 mil farmácias com salas e consultórios em operação no Brasil, 14 mil farmacêuticos prestando serviços e mais de 7 mil atendimentos à população, considerando os dados até setembro do ano passado.
Durante o período mais restritivo da pandemia de Covid-19, esses hubs foram espaços fundamentais para esclarecimentos, orientações e apoio à população, que utilizou os serviços como uma porta de entrada para identificação de doenças e encaminhamentos para diversos tratamentos de saúde. A decisão recente da Anvisa que liberou as farmácias para comercialização de autotestes de Covid-19 no Brasil, por exemplo, ajudou a fortalecer a vocação do segmento voltado para atenção à saúde, onde muitas pessoas procuraram atendimento farmacêutico a fim de buscar assistência especializada.
Segundo relatório da Abrafarma que projetou um cenário do mercado pós-Covid, mesmo com a grande procura da população nesses espaços durante a pandemia, a taxa de ocupação das farmácias nos hubs foi de 55% da capacidade de atendimento, ou seja, ainda há muito espaço para prestação de serviços, reforçando a ideia de que a compra de medicamento é apenas um ponto do ecossistema.
Mas se engana quem pensa que a estratégia está limitada aos ambientes físicos das farmácias. A combinação do hub de saúde com a experiência digital e multicanal traz para o varejista uma visão mais global das necessidades do cliente e, nesse sentido, ter um bom sistema de gestão integrado (ERP) é fundamental para conhecer mais e melhor seu público e, consequentemente, prestar melhores serviços de saúde à comunidade.
Da mesma forma, o cliente pode realizar uma compra pelo e-commerce, decidir retirar o produto na farmácia mais próxima e aproveitar para medir a pressão ou tomar uma vacina. É a integração de canais à serviço das necessidades do consumidor. E para dar harmonia a todos os processos, a tecnologia precisa estar integrada no negócio com eficiência, aplicando todas as funcionalidades disponíveis à farmácia. Assim, para além da venda de medicamentos, a farmácia será lembrada como um espaço promotor de saúde.
WhatsApp para farmácias: um aliado do atendimento ao checkout
Fonte e foto: Gerente de Ofertas e Produtos Linx, Leandro Maia Ruggero, com exclusividade para o Guia da Farmácia.