Cerca de 58% dessas vacinas foram injetadas nos Estados Unidos, China e Índia
O mundo superou a marca de um bilhão de doses de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no último sábado (24). A pandemia, no entanto, continua deixando um recorde de mortes na Índia e avançando em vários países latino-americanos.
Desde dezembro de 2019, a pandemia causou três milhões de mortes e infectou mais de 145 milhões de pessoas.
Na sexta-feira (23), mais de 893 mil casos de coronavírus foram registrados em todo o mundo, um recorde de infecções em um único dia.
Para fazer frente a isso, os países lançaram campanhas massivas de vacinação há cinco meses e neste sábado (24) o bilhão de doses administradas de vacinas foi ultrapassado, de acordo com informações da AFP.
Países onde foram aplicadas mais vacinas
No entanto, 58% dessas vacinas foram injetadas em três países: Estados Unidos (225,6 milhões), China (216,1 milhões) e Índia (138,4 milhões), de acordo com a contagem feita com fontes oficiais.
Israel é o país com o maior percentual de população totalmente vacinada, cerca de 60%, seguido pelos Emirados Árabes Unidos (mais de 51%), Reino Unido (que no sábado chegou a metade da população vacinada), Estados Unidos (42%) e Chile (41%).
O Brasil aplicou ao menos uma dose de vacina contra Covid-19 em mais de 28,7 milhões de pessoas, apontou o consórcio de veículos de imprensa também do último dia 23. O número representa 13,58% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 12.262.262 pessoas (5,79% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal. No total, 41.027.519 doses foram aplicadas em todo o país.
Índia: à beira do colapso
Apesar do avanço da vacinação, o coronavírus continua deixando registros de óbitos na Índia, onde emergem imagens dramáticas:
Pessoas morrendo nas portas de hospitais, crematórios saturados e uma grave falta de oxigênio.
Oficialmente, o número total de mortos é de cerca de 190.000 na Índia, onde vivem 1,3 bilhão de pessoas.
Nas últimas 24 horas, também foram registrados 340 mil novos casos, o que eleva o número total de infecções para 16,5 milhões.
Nos últimos três dias, foram contabilizados mais de um milhão de novos casos.
Uma nova variante e um festival religioso hindu que reuniu dezenas de milhares de pessoas em várias partes do país nos últimos dias explicam o agravamento da situação na Índia.
No entanto, o governo central enviou trens especiais com oxigênio para hospitais localizados em regiões remotas.
E devem, portanto, serem escoltados pelas forças da ordem, e estimula a produção de empresas locais, mas a situação não melhora.
Toque de recolher no Equador e Alemanha
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que nos países ricos, uma em cada quatro pessoas é vacinada, enquanto naqueles com menos recursos, apenas uma em 500 é imunizada.
No Equador, por exemplo, o governo impôs toques de recolher de 57 horas nos próximos quatro fins de semana para aliviar as infecções.
Todavia, a Cidade do México atingiu esta semana seu nível mais baixo no número de pessoas hospitalizadas pelo vírus desde abril do ano passado, informou o prefeito da capital mexicana neste sábado.
Na Alemanha, ao contrário do que acontece em outros países europeus onde as restrições começam a ser suspensas, o governo decidiu reforçá-las.
No último sábado (24), várias medidas, como toques de recolher nacionais, entraram em vigor.
Após a adoção de uma nova lei muito polêmica que reforça o poder da chanceler Angela Merkel no combate à pandemia.
No entanto, o governo alemão também planeja afrouxar algumas restrições sem a necessidade de apresentar um teste de Covid-19 negativo para quem já foi vacinado.
No Reino Unido, milhares de pessoas protestaram no centro de Londres contra o bloqueio.
E a possível introdução de um passaporte sanitário no país europeu com o maior número total de mortos na pandemia, cerca de 127.000.
A polícia espanhola denunciou, por sua vez, a prisão de um habitante de Maiorca que infectou 22 pessoas, depois de ter ido trabalhar e ir à academia apesar de apresentar sintomas de Covid-19.
Fonte: G1
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