Novo coronavírus leva OMS a declarar emergência global de saúde

Segundo OMS, preocupação é o potencial de o vírus, que se originou na China, se espalhar para países com sistemas de saúde mais fracos e despreparados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a epidemia que envolve o novo coronavírus na China constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

“Um surto sem precedentes” declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Ele anunciou a decisão depois de mais uma reunião do Comitê de Emergência, a terceira entre especialistas independentes em uma semana.

Adhanom disse e repetiu que a medida não foi por desconfiança em relação à China. “Nossa maior preocupação é o potencial de o vírus se espalhar para países com sistemas de saúde mais fracos, bem como países que não estão preparados para lidar com isso”, explicou.

Na quarta-feira (29/01), ele mostrou preocupação especial com os casos de transmissão do novo coronavírus entre humanos fora da China, o que já tinha sido registrado na Alemanha, no Japão e no Vietnã. Nesta quinta (30/01), foi a vez de os Estados Unidos anunciarem a primeira contaminação de pessoa para pessoa em território americano.

Coronavírus: OMS declara emergência global

Adhanom destacou que o mais importante de um anúncio de uma emergência de saúde pública de interesse internacional são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus. Desse modo, ele pediu para que todos os países implementem decisões baseadas apenas em evidências.

“Não há razão para medidas que interfiram desnecessariamente em viagens e no comércio internacional”, destacou.

Vários países já desaconselharam seus cidadãos a fazerem viagens não-essenciais para a China. “É hora de fatos, não de medo; da ciência, não de rumores; da solidariedade, não do estigma”, cobrou Adhanom.

A OMS só tinha declarado emergência global em outras cinco ocasiões antes: com o vírus H1N1 em 2009, com ebola no Oeste da África em 2014 e na República Democrática do Congo em 2019, com a poliomielite em 2014 e com o vírus da zika em 2016.


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Foto: Shutterstock

Fonte: G1

 

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