A vacinação contra a dengue é uma importante ferramenta de prevenção à doença, que matou 3.325 pessoas apenas em 2024. De acordo com o Ministério da Saúde, 5,5 milhões de casos prováveis da infecção foram registrados no Brasil este ano. Outros 2.889 óbitos estão em investigação.
Para garantir a imunização, a farmacêutica Takeda, produtora da vacina Qdenga, recomenda um intervalo mínimo de três meses entre a primeira e a segunda dose.
O infectologista André Bon, médico do Exame Medicina Diagnóstica, esclarece algumas dúvidas frequentes:
Por que o reforço da vacina é necessário?
A vacina oferece uma eficácia razoável após a primeira dose, mas somente com a segunda dose é possível garantir a durabilidade da resposta vacinal por um período mais prolongado e de maneira mais elevada.
O que acontece se eu me esquecer de tomar a segunda dose da vacina contra dengue?
De acordo com o infectologista, não existe prejuízo em tomar a vacina depois do prazo de três meses. “Não tem problema em atrasar um pouco a dose. Isso não vai gerar nenhuma repercussão para o paciente“, afirma Bon.
Caso a segunda dose esteja atrasada, preciso tomar a primeira dose de novo?
Não. Mesmo que a primeira dose tenha sido aplicada há muitos meses, não é necessário tomar a primeira novamente. “Em nenhuma vacina o atraso da dose requer reinício do ciclo. Quem atrasou precisa só completar o esquema que já estava pendente”, confirma o médico.
Posso tomar a segunda dose antes dos três meses?
Não. Os ensaios clínicos mostraram que a resposta mais adequada para a vacina da dengue se dá com três meses.
Quem teve dengue após a primeira dose deve esperar quanto tempo para tomar a segunda?
Apesar de o estudo clínico com a Qdenga, feito com pessoas com idades entre 4 e 60 anos, não ter encontrado impacto entre o episódio de dengue no intervalo entre as doses, a indicação é esperar 30 dias desde o início da doença para tomar a segunda dose, respeitando o intervalo mínimo de três meses entre elas.
Fonte: Metrópoles
Foto: Shutterstock
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