Guia da vacina: o que você precisa saber sobre a campanha de imunização contra a Covid-19

Veja as 12 principais dúvidas em relação a campanha de vacinação. Ainda não é hora de se dirigir a postos de saúde, pois cada Estado fará o seu cronograma

A campanha de imunização nacional contra a Covid-19 começará nesta segunda-feira (18), a partir das 17h, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). 

A distribuição das doses da Coronavac para cada Estado foi iniciada na manhã desta segunda.

Dessa maneira, após o recebimento, caberá então aos governos estaduais, a definição sobre agendamento da vacinação dos grupos prioritários, formados por profissionais de saúde da linha de frente no combate ao coronavírus, idosos que vivem em asilos e indígenas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou no último domingo (17), o uso emergencial de 8 milhões de doses das vacinas Coronavac (6 milhões) e Oxford/Astrazeneca (2 milhões).

Logo após a aprovação da Anvisa, o Estado de São Paulo iniciou a imunização de profissionais da saúde.

Dessa maneira, a campanha de vacinação começou oficialmente no complexo do Hospital das Clínicas, voltada então, exclusivamente para os profissionais da linha de frente.

Todavia, a definição do cronograma fica a cargo de cada um dos Estados.

Veja as 12 principais dúvidas em relação a Campanha:

1. Quando começa a vacinação no Brasil?

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, autorizou o início do Plano Nacional de Imunização nesta segunda-feira, 18, a partir das 17 horas. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já fez evento para começar a aplicação de doses em profissionais de saúde na capital paulista neste domingo, 17, e a campanha segue nesta segunda, com a vacinação desse grupo no Hospital das Clínicas da capital e em outras cidades do interior.

2. Quais serão os grupos prioritários?

De acordo com o MS, os primeiros a receber as vacinas são os profissionais de saúde da linha de frente do combate à Covid-19, idosos que vivem em asilos e indígenas.

Portatno, essas pessoas vão receber a imunização nos locais onde vivem/trabalham, sob a coordenação de cada município.

O governo estadual de São Paulo já iniciou, portanto, a vacinação com profissionais de saúde e deve começar a imunizar os outros grupos prioritários nos próximos dias: indígenas e quilombolas a partir do dia 25 de janeiro e idosos acima de 75 anos no dia 8 de fevereiro.

3. É necessário fazer cadastro para se vacinar?

Cada Estado definirá a necessidade ou não de cadastro. Em São Paulo, é possível fazer um pré-cadastro no vacinaja.sp.gov.br, que não é um agendamento, mas ajudará os profissionais a organizar o esquema de vacinação e evitar aglomerações.

No entanto, quem não fizer o pré-cadastro também poderá ser vacinado.

4. Quais serão os locais de vacinação?

Cada Estado definirá os postos de vacinação.

O Governo de São Paulo divulgou neste domingo a operação que começa oficialmente nesta segunda-feira com a imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme). 

Ou seja, ainda não é hora de se dirigir a postos de vacinação em busca de vacinação ou até mesmo de informações complementares.

5. Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?

A Anvisa liberou, assim, no domingo, o uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, e de 2 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz.

A saber, não há, porém, doses do imunizante britânico no Brasil ainda – o governo federal tenta importar dois milhões de doses do produto da Índia.

6. A vacina será gratuita?

Sim. Inicialmente, a vacina será aplicada apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita a toda população.

7. A taxa geral de eficácia da Coronavac se revelou de 50,38%. O que isso significa?

Significa que, de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,38% não vão manifestar a doença graças à imunidade conferida pela vacina. Já para quem acabou ficando doente, a vacina reduziu em 78% a chance de ter uma doença leve que precise de assistência médica.

8. A vacina de Oxford tem melhor eficácia?

As duas vacinas têm eficácia suficiente para ajudar no combate à pandemia.

Nos testes, a vacina de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa.

Nesse grupo de voluntários, então, a eficácia foi de 90%.

Já no segundo grupo, que recebeu duas doses completas da vacina, a eficácia foi reduzida a 62%. Esses dois resultados permitiram obter eficácia média de 70%.

9. Quanto tempo após tomar a vacina a pessoa pode se considerar imunizada?

Todavia, a imunidade depende de cada vacina. Um imunizante geralmente demora de duas a três semanas para fazer efeito. As duas vacinas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) precisam de duas doses para atingir a eficácia total. No caso da Coronavac, as vacinas devem ser aplicadas com intervalo de 14 a 28 dias.

Já a vacina de Oxford pode ter espaço de 21 dias a 3 meses entre as aplicações.

10. Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem está tomando antibiótico?

As pessoas com febre devem aguardar para receber a vacina. Quem está tomando antibiótico também deve conversar com o seu médico antes.

11. Por que a vacinação é importante?

Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais rápido terminará a pandemia.

Assim, essa atitude diminuirá a circulação do vírus e maior parte da população fica protegida.

12. À medida que a imunização ocorra as medidas de isolamento podem ser relaxadas?

Os próprios técnicos da Anvisa que realizaram reunião pública e aprovaram o uso emergencial de ambas as vacinas – a Coronavac e a produzida por Oxford – ressaltaram, assim, que o País ainda está longe de vislumbrar um cenário em que as medidas de restrição impostas com base na ciência deixem de ser necessárias.

Por isso, ainda é fundamental manter o isolamento sempre que possível e usar máscara e álcool em gel.

MS abre campanha de vacinação contra a Covid-19 com envio de doses aos estados 

Fonte: Estadão

Foto: Shutterstock

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