
O interesse de outras farmacêuticas na compra da Medley anota mais um capítulo. Adibe Marques, controlador da Cimed, está em conversações com o GIC, fundo soberano de Cingapura, em torno da possibilidade de um novo aporte de capital na companhia.
Em março, os asiáticos montaram uma posição minoritária no laboratório. O tamanho da participação é estimado em torno de R$ 1 bilhão para ficar com 12,5% das ações. Agora, qualquer semelhança entre a possível capitalização adicional da Cimed e as negociações para a compra da Medley não seria mera coincidência.
Dosagem financeira
A empresa da família Marques é uma das candidatas à aquisição da Medley, braço de genéricos da francesa Sanofi no Brasil. A nova injeção de capital da GIC – um potentado de quase US$ 1 trilhão em ativos – daria à Cimed a dosagem financeira necessária para a investida. No mercado, a Medley é avaliada em US$ 500 milhões. Com a compra, o laboratório de João Marques saltaria de R$ 2,7 bilhões para mais de R$ 4 bilhões em vendas.
Disputa acirrada
Além da Cimed, outras sete empresas do setor farmacêutico já manifestaram interesse na compra da Medley. No meio de corrida, um duelo consanguíneo. A União Química, controlada por Fernando Marques, tio de João Marques, figura entre os candidatos à aquisição. Por sinal, as duas parecem seguir a mesma bula. Assim como a Cimed, a União Química também busca uma capitalização no mercado. A companhia contratou a UBS BB com o objetivo de levantar R$ 1 bilhão, mediante a venda de parte do seu capital.
De acordo com reportagem do Neofeed, Aché, Althaia, Cimed, EMS, Eurofarma, Hypera, Torrent e União Química, formam o bloco de interessadas na compra da Medley.
Fonte: Correio do Estado
Foto: Medley
