
A OMRON Healthcare prepara uma grande ofensiva para dobrar o peso do Brasil no faturamento global e consolidar o país como líder em saúde conectada. O movimento ocorre após a nova Diretriz Brasileira de Hipertensão 2025, que redefine os parâmetros de pressão arterial e coloca 30 milhões de brasileiros sob monitoramento obrigatório — impulsionando o mercado de dispositivos clínicos validados.
A empresa, que fatura US$ 5,2 bilhões e atua em mais de 130 países, tem 60% de participação global no mercado de monitores de pressão e já vendeu 400 milhões de unidades. No Brasil, a operação cresceu 10% entre 2024 e 2025, responde por 3% da receita mundial e mira 5% até 2027.
Entre as apostas estratégicas estão:
- Fibrilação atrial, que afeta 2 milhões de brasileiros e 60 milhões no mundo. O mercado global de dispositivos pode atingir US$ 26 bilhões até 2035, com crescimento anual de 13%.
- Obesidade, que atinge 31% da população brasileira (60 milhões de pessoas), impulsionando a demanda por balanças de bioimpedância, cujas vendas cresceram 154% em 2024.
- Sarcopenia (17% dos idosos) e dor crônica (30% a 40% dos adultos), atendidas por soluções TENS e tecnologias clínicas portáteis.
Parcerias
A OMRON fortalece parcerias com EMS, Biolab, Novo Nordisk, Servier e Roche, e amplia presença no varejo farmacêutico, que responde por 75% das vendas, enquanto o e-commerce já representa 25% do faturamento nacional. Mais de 1.200 hubs de atendimento de redes como RaiaDrogasil, Panvel, Araújo e Venâncio utilizam seus dispositivos.
A nova diretriz de hipertensão transforma o 12×8 em pré-hipertensão, classificando dois terços da população adulta entre hipertensos e pré-hipertensos — o que pode dobrar o mercado de medidores automáticos validados. A diretriz de fibrilação atrial de 2025 também autoriza o uso de ECGs portáteis como o OMRON Complete, primeiro de uso doméstico do país.
Educação médica
A empresa avança ainda em educação médica, com o programa OMRON Academy, e em tecnologia digital, após adquirir a holandesa Luscii (monitoramento remoto) e firmar parceria com a indiana Tricog Health (interpretação de ECGs via IA).
Com portfólio validado por Anvisa, FDA e EMA, uso de inteligência artificial e integração com o aplicativo OMRON Connect, a multinacional reforça sua meta: fazer do Brasil um polo global de monitoramento conectado e prevenção em larga escala, contribuindo para redução de custos e mortalidade cardiovascular.
Fonte e foto: OMRON
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