Com temperaturas até 7°C acima da média e ondas de calor cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, os impactos na saúde da população tornam-se mais evidentes. A exposição prolongada ao calor intenso pode causar tontura, cansaço, palpitação e até demais. O perigo de infarto se intensifica quando as temperaturas ultrapassam os 34ºC, especialmente para pessoas com colesterol alto e hipertensão arterial.
Segundo o Dr. Marcelo Pedro dos Santos, cardiologista do Grupo Med+, o calor extremo sobrecarrega o sistema cardiovascular, elevando a frequência cardíaca e alterando a pressão arterial. “Muita gente subestima os efeitos do calor, mas ele pode ser um gatilho para infarto, AVC e arritmias. O corpo precisa se adaptar às altas temperaturas, e nem sempre consegue fazer isso de maneira eficiente”, alerta o Dr. Marcelo Pedro dos Santos, cardiologista.
O perigo da desidratação
Com a desidratação, o organismo reage contraindo os vasos sanguíneos para manter a pressão arterial e aumentando os batimentos cardíacos para compensar a perda de líquidos. “Pacientes com insuficiência cardíaca ou histórico de infarto devem redobrar os cuidados, pois a combinação de calor extremo e desidratação pode tornar o sangue mais viscoso, elevando significativamente o risco de trombose, infarto e AVC”, afirma o Dr. Marcelo Pedro dos Santos. Globalmente, as mortes por acidente vascular cerebral (AVC) relacionadas ao calor extremo entre pessoas com mais de 65 anos aumentaram 167%. “O problema é que idosos nem sempre sentem sede com a mesma intensidade dos mais jovens. Eles se desidratam sem perceber, e isso pode levar a complicações graves”, explica o Dr. Marcelo.
Prevenção
Para minimizar os impactos do calor extremo na saúde cardiovascular, o especialista recomenda manter uma hidratação constante, ingerindo pelo menos 35 ml de água por kg de peso corporal. Também é importante evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, período mais quente do dia, e reduzir o consumo de álcool, cafeína e alimentos gordurosos, que podem piorar a desidratação. Monitorar a pressão arterial regularmente, especialmente em hipertensos, e optar por roupas leves, buscando locais bem ventilados ou climatizados, são outras medidas essenciais. “Cuidar da saúde cardiovascular no calor não exige grandes mudanças, mas exige atenção. Pequenos hábitos, como beber mais água e evitar o sol nos horários mais quentes, podem evitar complicações sérias”, finaliza o Dr. Marcelo.
Fonte: Grupo Med+
Foto: Shutterstock
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