O mercado farmacêutico cresce, mas o empreendedorismo no setor ainda não é uma grande força, quem explica é o sócio diretor da Vuelo Pharma, Thiago Moreschi
O mercado farmacêutico nacional não para de crescer e se tornar um campo próspero para o empreendedorismo em saúde.
Em 2020, em plena pandemia do coronavírus, o varejo farmacêutico faturou R$ 58,2 bilhões em 2020, 8,8% a mais em relação a 2019 e um recorde, aponta a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Dessa maneira, o Brasil detém aproximadamente 2% do mercado mundial.
É o 7º em faturamento no ranking das 20 principais economias e a projeção é conquistar o 5º para 2023.
O sócio diretor da Vuelo Pharma, Thiago Moreschi, um dos players da indústria nacional, aponta, então, que apesar do crescimento, o empreendedorismo no setor ainda não é alto.
“Os motivos para o empreendedorismo no desenvolvimento de produtos ainda não ser uma grande força são inúmeros, desde a falta de investimento em inovação, os custos de todos os estudos exigidos para a fase inicial de testes e até mesmo a falta de capacitação dos profissionais, em especial para conseguir aportes iniciais”, detalha.
Mercado farmacêutico na pandemia
O Banco de Desenvolvimento Nacional (BNDES) costuma financiar empresas de segmentos diversos mediante contrapartida em investimentos sociais e parcerias com universidades.
Esses são caminhos interessantes para quem desenvolve produtos de saúde e bem-estar.
“Muitas vezes a burocracia desmotiva o empreendedor. Iniciar todos estes processos costuma ser difícil”, enfatiza Moreschi.
A saber, a Vuelo Pharma tem mais de 20 anos de mercado e, portanto, cresceu, 58% no ano de 2020 e, dessa maneira, estima crescer mais de 60% em 2021.
Além disso, inaugurou uma nova fábrica em Curitiba (PR), também possui negócios no México, exporta para países da América Central, se prepara para expandir para a Europa e lançar uma plataforma digital.
Farmácias Abrafarma faturam R$ 32,5 bilhões no primeiro semestre do ano