Paxlovid: entenda como funciona o remédio da Pfizer contra Covid-19

A Pfizer tenta a aprovação do Paxlovid junto à FDA, agência reguladora dos Estados Unidos

A pandemia causada pela Covid-19 gerou uma corrida científica não apenas pela vacina, mas por remédios que combatam o novo coronavírus (Sars-Cov-2). O laboratório norte-americano Pfizer desenvolveu o Paxlovid, uma pílula antiviral que reduziu em até 89% os riscos de internações e óbitos em pacientes não vacinados e com comorbidades.

O medicamento inibe a enzima protease, que o coronavírus utiliza para se multiplicar nas células humanas. Assim, o remédio paralisa a multiplicação viral e ajuda o organismo humano a se recuperar.

De acordo com a Pfizer, o Paxlovid deve ser ingerido duas vezes ao dia, por cinco dias, a partir do terceiro dia do surgimento de sintomas da Covid-19.

No entanto, o tratamento com o Paxlovid também requer a ingestão de outro remédio, o Ritonavir.

O Ritonavir, que já é usado no tratamento de HIV, aumenta a concentração do Paxlovid no sangue.

E também aumenta sua eficiência, de acordo com o coordenador de estudo sobre o Paxlovid no Brasil, Valdez Madruga.

“Os dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas autoridades regulatórias, tem o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infecções por Covid-19 e eliminar até nove em cada dez hospitalizações”, afirmou o presidente e CEO da Pfizer, Albert Bourla.

“Continuamos focados na ciência e cumprindo nossa responsabilidade de ajudar os sistemas e instituições de saúde em todo o mundo, garantindo um acesso igualitário e amplo às pessoas em todos os lugares”.

Valor

A Pfizer vai oferecer o remédio aos países mais pobres a preços mais baixos, de acordo, então, com o New York Times.

O laboratório negocia com o Medicines Patent Pool para que o remédio seja, portanto, produzido e vendido a preços acessíveis nestes países.

Ainda há outros dois estudos com o Paxlovid em andamento:

O primeiro testa a eficácia da droga em pessoas sem comorbidades. Já a segunda verifica a eficácia da droga como prevenção à Covid-19.

O Brasil é um dos países que realizam os ensaios clínicos.

No entanto, o alto índice de vacinação no País dificulta o avanço dos estudos, já que apenas não vacinados são parâmetro à pesquisa científica.

Antivirais

Outros remédios antivirais contra a Covid-19 também estão disponíveis:

A Merck produziu o Molnupiravir, cujo uso foi aprovado no Reino Unido, na Europa e aguarda aval da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos.

O Remdesivir, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), só pode ser ministrado a pacientes hospitalizados.

Fonte: Isto ÉDinheiro

Foto: Shutterstock

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