Em quanto tempo a vitamina B12 faz efeito para queda de cabelos?

A reposição de vitamina B12 geralmente começará a fazer efeito no principal sintoma da deficiência dessa vitamina, que é a anemia, em dois meses e, nos casos dos sintomas neurológicos, em seis meses, sendo que provavelmente os sintomas de queda capilar e das unhas fracas que decorrem da anemia irão melhor também nesse prazo de dois meses . Agora, é importante avaliar também se há carência de algum outro elemento já que unhas fracas e queda de cabelos podem envolver outras vitaminas e elementos, como ferro e biotina.

A vitamina B12 é uma vitamina do complexo B que participa da síntese do nosso DNA, protegendo o mesmo de quebras que levam ao seu dano e, dessa forma, do risco de desenvolvimento do câncer. Além disso, participa da formação, integridade e maturação das células vermelhas do sangue. Está envolvida ainda na síntese da bainha de mielina dos nervos, participando da transmissão dos impulsos nervosos. Ela também está envolvida na formação de creatina. Esta proteína é fundamental na manutenção da reservas energéticas não só dos músculos, bem como na regeneração dos mesmos.

A vitamina B12 é armazenada no fígado, rins e outros órgãos do nosso corpo e, por isso, a sua deficiência demora para se estabelecer mesmo que o paciente tenha interrompido a ingestão da vitamina há tempos. Sua produção ocorre no intestino dos animais, pelas bactérias que aí vivem, sendo a única vitamina que não pode ser obtida dos vegetais, por isso há estudos que mostram que 50% dos vegetarianos são deficientes em vitamina B12. Os alimentos mais ricos em vitamina B12 são as carnes como o fígado, peixes, ovos, queijo, leite e mexilhões.

O que leva à má absorção da vitamina B12?

A absorção da vitamina B12 depende da ação do suco gástrico e da absorção intestinal e, por isso, qualquer defeito em determinado ponto pode levar a deficiência de vitamina B12, mesmo que a ingestão seja rica em alimentos que contenham a vitamina.

A não absorção pode ocorrer devido ao disbioseintestinal, mucosa intestinal inflamada, gastrites atróficas, hipocloridria estomacal, anemia perniciosa (condição auto-imune em que anticorpos atuam contra o fator intrínseco fundamental para que a vitamina B12 seja absorvida), medicamentos como inibidores de bomba de prótons e outras drogas que reduzem a acidez estomacal, assim como anticonvulsivantes, redutores de colesterol, medicamentos para tratamentos de gota e tuberculose, suplementos de potássio, psicotrópicos, anti-neolplásicos, além da ingestão de álcool e uso de oxido nitroso durante cirurgia ou de forma recreativa são fatores que interferem na absorção de vitamina B12.

Os grupos com maior risco para deficiência são vegetarianos e veganos, pessoas com mais de 60 anos de idade, no qual é comum uma atrofia da mucosa gástrica, pessoas que usam regularmente inibidores de bomba de prótons ou supressores de ácido gástrico, portadores de doença celíaca, doença de Chron e retocolite, mulheres com história de infertilidade e aborto e diabéticos que fazem uso de metformina. Além disso, bebês nascidos de mães vegetarianas podem não obter quantidade adequada de vitamina B12 assim como pacientes com distúrbios do sistema imunológico, entre os quais o lúpus, também estão sob risco para a deficiência.

Quais são os sintomas da carência?

Os principais sintomas da carência de vitamina B12 estão relacionados ao desenvolvimento da anemia. Isso porque vitamina é fundamental não só na síntese das hemácias, como também nos sintomas neurológicos. Isso acontece porque é essencial para a confecção da bainha de mielina. Pode-se observar no paciente portador de deficiência de B12 palidez cutânea, diarreia ou constipação, fadiga, falta de energia ou tontura ao fazer esforço, falta de ar, problemas de concentração, perda de apetite, língua inchada com sangramento e ainda queda de cabelo e unhas fracas. Além dos sintomas relacionados acima, decorrentes da anemia estabelecida, temos ainda os sintomas neurológicos como confusão, depressão, perda de equilíbrio, desmaios e formigamento em pés e mãos. Os sintomas da falta de vitamina B12 podem mimetizar uma demência. Em crianças, a carência pode causar dificuldade de crescimento e atraso no desenvolvimento.

Como detectar a deficiência?

O diagnóstico da deficiência é detectado pela dosagem da mesma. Isso pode ser feito através da coleta sanguínea e pesquisa da quantidade no soro sanguíneo. Os valores de referência variam de 200 a 900 pg/ml, considerados como a faixa de normalidade. Alguns estudos apontam que a dosagem abaixo de 490 pg/ml já é deficiente. Dessa forma, o ideal é manter as doses de vitamina b12 acima de 500 pg/ml.

Em alguns países, a faixa de normalidade fica entre 550 e 900 pg/ml. Outras formas de detecção são a dosagem de ácido metilmalônica e homocísteina, que aumentam na deficiência. A deficiência de vitamina B12 tem quatro fases. Em primeiro lugar, começa com a redução dos níveis sanguíneos de vitamina B12. Em segundo lugar, pelas baixas concentrações celulares da vitamina. E, em terceiro lugar, aumenta o nível de homocísteina no sangue. Por último, há o aparecimento da anemia macrocítica.

Como fazer a reposição da vitamina B12?

A reposição deve ser sempre feita com orientação médica. Contudo, a suplementação e consequente excesso de vitamina B12 também pode trazer malefícios. Deve ser feita por toda a vida para pacientes portadores de anemia perniciosa e gastrectomizados. Caso a alteração seja revertida como nos caos de dieta inadequada, o paciente poderá parar a suplementação. Geralmente, se indica a dosagem em três a 12 meses após o termino do tratamento e não durante a reposição.

O tratamento preconizado indica reposição de 1000 mcg intramuscular uma vez por semana até a correção da deficiência. Para aqueles que precisam fazer reposição por toda a vida, deve-se fazer uma vez ao mês de cianocobalamina. Pode-se, ainda, fazê-la acada dois meses, se for hidroxicobalamina. Em casos sintomáticos, 1000 mcg intramuscular em dias alternados por duas semanas até correção da deficiência, depois uma vez ao mês de cianocobalamina ou uma vez a cada dois meses, se for hidroxicobalamina.

Em casos em que não há problemas com a absorção de vitaminas B12, pode-se fazer reposição por via oral.

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12 Comentários

  1. Sou bariátrica há 9 anos estou com queda de cabelo , está caindo muito. O que fazer. Tomei citoneurim há um mês atrás. Preciso orientação.

  2. Yolanda Dionisia de Assis Batista em

    Sou bariatricada à 1 Ano, estou tendo problemas de vitaminas B12 e D faço uso de cetroneurim injetável, mas acho que não está suficiente! Alguma outra indicação? Obrigada.

  3. SCHEILA Beatriz Soares em

    Tive COVID na primeira vez, e BB perdi muito cabelo e estou começando a tomar complexo b pra ver se a queda para 🙏 espero que melhore logo

  4. FAÇO O USO DELE POR SER BARIÁTRICA, MEU MÉDICO PASSOU PRIMEIRO A CADA 3 DIAS DURANTE 1 MÊS, DEPOIS 1 VEZ POR SEMANA POR 1 MÊS E AGORA 1 VEZ POR MêS. FORA QUE TOMO O SUPLEMENTO MATERNA QUE AJUDOU MUITO

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